São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

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"Serra sai menor" da campanha, diz Lula

Presidente critica agressividade de tucanos contra Dilma Rousseff e evita falar numa conciliação pós-eleitoral

Petista descarta tomar parte na futura gestão e diz que eleita "precisa construir um governo que seja a cara dela"

FABIO VICTOR
DE SÃO PAULO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula disse ontem que José Serra "sai menor dessa campanha", pela agressividade contra Dilma Rousseff, e evitou falar de conciliação após a eleição.
"Essa campanha foi muito mais violenta de uma parte para outra. Eu sinceramente acho que o candidato Serra sai menor dessa campanha, porque a agressividade deles [tucanos] à companheira Dilma Rousseff é uma coisa que eu imaginava que já tivesse terminado na política brasileira", afirmou Lula, após votar pela manhã, em São Bernardo do Campo.
"Fui candidato cinco vezes, perdi três, e vocês nunca me viram com a agressividade dessa campanha."
O presidente atribuiu os ataques a Dilma a "preconceito" contra a mulher.
Indagado se iria exterminar os tucanos, disse que "jamais, porque nós somos democráticos e queremos a convivência democrática na diversidade".
Lula declarou que, ao terminar seu mandato, vai "continuar andando o Brasil" e fazendo política, mas descartou participar diretamente do governo Dilma.
"Não existe nenhuma possibilidade de um ex-presidente participar do governo de um futuro presidente. A Dilma precisa construir um governo que seja a cara dela, [tenha] o jeito dela, com pessoas em quem ela confie."
O petista comentou ter construído uma relação -""política, sindical, com movimentos sociais e empresários"- que não lhe permitirá ficar parado. "Eu vou ter muita tarefa, mas a única coisa que não quero é ter tarefa dentro do governo."
E listou, entre as missões, levar à África e à América Latina "experiências bem-sucedidas do Brasil, sobretudo na área social".

TIRIRICA
Lula definiu Tiririca (PR-SP), deputado federal mais votado do país, como "a cara da sociedade" e chamou de "cretinice" a ação de falsidade ideológica contra ele. Sobre o promotor que pede teste de alfabetização do palhaço, disse que "quem tem que fazer prova é quem está pedindo para ele fazer prova".


Colaboraram MARINA MESQUITA e VITOR SION , de São Paulo


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