São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Mulher

Às 19h22, a Folha.com entrou com a projeção do Datafolha para os resultados e "chamou" a vitória, "Dilma Rousseff é a primeira mulher presidente do Brasil". Em minutos estava na manchete da Reuters Brasil e em despacho da agência. Em cascata a partir daí, entraram com a manchete, sempre com foto, os argentinos "Clarín" e "La Nación", "Dilma se converte na presidenta" e "Rousseff se impõe", o espanhol "El País", "Primeira mulher alcança a Presidência", o francês "Le Monde", "Rousseff é dada como vencedora", e o americano "Wall Street Journal" (abaixo), "Dilma Rousseff vence eleição no Brasil".
Às 20h07, na Globo, William Bonner anunciou em plantão que "Pela primeira vez na história o Poder Executivo será comandado por uma mulher". E às 20h30 o "New York Times" (abaixo) abriu foto com o enunciado "Sucessora escolhida pelo líder do Brasil é eleita". Mais uma hora e, no "China Daily", "Brasil elege primeira mulher presidente".

 

Mas a cobertura on-line já vinha prenunciando sua vitória desde a madrugada. Foi até manchete no "WSJ", "Rousseff lidera voto". Na home do "NYT", "Prestes a liderar Brasil e encarar tarefas inacabadas". E assim também, antes e depois, pelos canais CNN e BBC e pelas agências, da AP à Bloomberg.

nytimes.com / wsj.com


Coroação A "Economist", que embarcou na vitória de Dilma no primeiro turno e depois deu editorial contra ela, noticiou sob o título "Nenhuma surpresa desta vez". À tarde, já havia postado a provável vitória, sob o título "Dia da coroação".

O papa perdeu "Guardian" e outros produziram longas reportagens sobre a "revolução evangélica" que mudou a campanha no Brasil. Depois, os blogs de José Roberto de Toledo e Blue Bus sublinharam que até o papa "cabo eleitoral" perdeu.

//MINISTÉRIO? QUE MINISTÉRIO?

O blog Radar, da "Veja", anotou que Antonio Palocci "reafirmou a interlocutor que Dilma ainda não convidou ninguém, nem mesmo sondou". A informação "é confirmada nos bastidores por dez entre dez petistas". Mas o "Financial Times" nem esperou acabar para arriscar que o mesmo Palocci "parece certo" para Casa Civil ou Fazenda, assim como Luciano Coutinho.

//PT VS. PT

Ao anunciar o resultado, William Bonner passou imediatamente à repórter que cobria Dilma -e registrou que ela estava "com o secretário-geral do PT, José Eduardo Cardozo".
Antes a cobertura focou José Dirceu, que declarou, destaque do UOL ao Globo Online: "Não posso, não quero e não devo" participar do governo. Em seu blog, ele gastou os últimos dias em elogios a Gilmar Mendes, do Supremo -que nos ataques à Lei da Ficha Limpa havia tomado como alvo principal o petista José Eduardo Cardozo.

//PSDB VS. PSDB

Início da noite, Bonner perguntou a Alexandre Garcia sobre Minas, que criticou, "Aécio prometeu eleger Serra, não está". Após pausa, Bonner contrapôs, "Dilma é mineira, não se pode botar tudo nas costas do senador Aécio".
Àquela altura, Xico Graziano, um dos coordenadores de Serra, já havia tuitado, com eco por todo lado, "Perdemos feio em Minas, por que será?". E em seu discurso, depois, Serra evitou citar Aécio Neves.
Este já havia surgido no UOL e no mineiro UAI, entre outros portais, dizendo que o PSDB precisa "assumir sua história", com elogios a FHC, e propondo agora um Senado não "subjugado". Depois, deu longa "exclusiva" a Brian Winter, da Reuters, destacado como "novo líder da oposição".

//ENTRE LULA E OBAMA

Sob o enunciado "EUA vs. Brasil: Lula levou o bacon para a base", Robert Naiman, diretor da organização Just Foreign Policy, de Washington, postou no Huffington Post sobre a "divergência" nas perspectivas das duas eleições do Hemisfério Ocidental:
"Nos EUA, como no Brasil, para a centro-esquerda manter o poder de forma sustentada, tem que entregar o prometido à maioria dos trabalhadores".



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