São Paulo, sábado, 02 de abril de 2011

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Citado em escândalo, deputado mantém influência em Furnas

Dilma mudou presidente, mas não diretoria ligada a Eduardo Cunha

RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO

Mais de dois meses após o surgimento de dossiê apócrifo com denúncias sobre suspeitas de corrupção e má gestão em Furnas, que levaram à substituição do então presidente, Carlos Nadalutti, por Flávio Decat, os demais integrantes da diretoria permanecem em seus postos.
Entre eles estão os diretores financeiro, Luiz Hamann, e de Gestão, Fernando Paroli, identificados no documento como integrantes de uma suposta "gestão Eduardo Cunha" -a subordinação da estatal a interesses do deputado federal do PMDB-RJ.
A permanência dos dois contraria a intenção do governo Dilma de tirar Furnas da esfera de influência do deputado -Nadalutti fora indicado pela bancada PMDB-RJ, liderada por Cunha. O deputado nega ter qualquer ingerência sobre Furnas.
No dossiê, Haman é acusado de ameaçar gerentes de demissão para obrigá-los a assinar documentos. O diretor nega as acusações.
Paroli é acusado de compactuar com supostas irregularidades nas áreas de Recursos Humanos e Tecnologia da Informação, como o aditamento em um contrato com a SAP, de R$ 10 milhões.
Ele diz que o aditamento seguiu processo instruído por pareceres técnicos da consultoria jurídica e da assessoria de coordenação e análise financeira de Furnas.
Os diretores de Construção, Márcio Arantes Porto, e de Engenharia, Mário Márcio Rogar, são citados como responsáveis por suposto sobrepreço de 100% na construção das hidrelétricas de Simplício e Batalha. Os dois afirmam que "projetos complexo" são "passíveis de adequações quanto a prazo e custo".
Questionada sobre a permanência dos diretores, Furnas disse que o assunto cabe ao Ministério de Minas e Energia, que não quis comentar a questão.


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