São Paulo, quinta-feira, 02 de junho de 2011

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Procuradoria não indaga Palocci sobre patrimônio

Ministro pode responder de forma genérica sobre evolução de bens

Decisão ocorre em meio ao processo que poderá levar à recondução de Roberto Gurgel à chefia do Ministério Público


DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não fez nenhuma pergunta ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre o aumento do seu patrimônio. Gurgel apenas encaminhou as representações dos partidos de oposição e pediu que ele se manifeste a respeito.
Na prática, isso significa que Palocci poderá falar de forma genérica, uma vez que o procurador nada perguntou. O ministro encaminhou parte de suas explicações na sexta-feira. Ontem enviou a segunda parte.
A oposição ingressou com cinco representações com pedido para que a Procuradoria apure indícios de enriquecimento ilícito, tráfico de influência, improbidade administrativa e prevaricação.
A partir da resposta de Palocci, Gurgel tomará a decisão de abrir ou não investigação. O Planalto aposta na não abertura de um inquérito para tentar resolver a crise.
As denúncias contra Palocci e a possibilidade de abertura de uma investigação criminal acontecem em um momento-chave para o atual procurador-geral.
Desde 5 de maio, o nome de Gurgel está, junto ao de outros dois procuradores, na mesa da presidente Dilma para ela decidir quem comandará o Ministério Público Federal nos próximos dois anos. Ele é o favorito.
Em paralelo à Procuradoria, o Ministério Público Federal do DF abriu investigação para apurar se Palocci enriqueceu ilicitamente. O foco é apurar se sua evolução patrimonial é compatível com ganhos de sua empresa.
Se não for, o ministro poderá responder por improbidade administrativa. (ANDREZA MATAIS, MATHEUS LEITÃO, RUBENS VALENTE E NATUZA NERY)


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