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TRE censura mais uma pesquisa Datafolha no Paraná
Tribunal acata pedido do PRTB; outros seis levantamentos foram vetados no Estado por iniciativa do partido e do tucano Beto Richa
DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA
JOSÉ MASCHIO
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA
O TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) censurou ontem a
terceira pesquisa Datafolha
no Paraná em nove dias. Ao
todo, foram impugnados no
Estado nove levantamentos.
A última pesquisa divulgada no Paraná sem impugnação foi a do Datafolha, do dia
16, quando foi apontado um
crescimento da candidatura
de Osmar Dias (PDT).
Das nove impugnações,
sete foram pedidas pela coligação de Beto Richa (PSDB) e
outras duas pelo PRTB.
Ontem pela manhã, a pesquisa da Alvorada Pesquisas,
para a Rede Massa (afiliada
do SBT), chegou a ser liberada, em liminar, e depois foi
impugnada pelo colegiado
de juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
O levantamento Datafolha
impugnado ontem teve decisão confirmada pelo colegiado do TRE-PR.
O pedido havia sido feito
pelo candidato do PRTB ao
governo, Robinson de Paula,
que alegou a ausência do nome do partido em uma das
questões da entrevista.
As outras impugnações foram de pesquisas de Ibope
(3), Vox Populi, Alvorada
Pesquisas e Radar.
O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, disse
que o instituto não colocou
no cartão apresentado ao
eleitor o partido associado
aos nomes dos candidatos
porque nem todo os eleitores
terão essa informação no momento do voto.
A pesquisa da Radar Assessoria e Estatística que depois foi impugnada apresentava empate técnico entre os
candidatos Richa e Osmar.
O Datafolha requereu ontem ao presidente do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral),
Ricardo Lewandowski, liminar permitindo a divulgação
de pesquisa proibida desde o
dia 22 por juiz auxiliar do
TRE-PR. O caso foi distribuído à ministra Cármen Lúcia.
O Datafolha defende que o
caso é "excepcional e urgente" e que o TSE teve suas instruções e resoluções desobedecidas pelo TRE-PR.
ESTRATÉGIA
A Folha apurou que as impugnações fazem parte de
uma estratégia da candidatura de Richa para evitar que o
eleitor seja influenciado por
um eventual crescimento da
candidatura adversária.
O advogado do PSDB, Ivan
Bonilha -também advogado
de Richa e da coligação que o
apoia na disputa- negou a
estratégia. ""Não é isso. As
pesquisas foram impugnadas juridicamente, sem qualquer viés político", disse.
Colaborou FREDERICO VASCONCELOS , de
São Paulo
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