São Paulo, sábado, 02 de outubro de 2010

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TRE censura mais uma pesquisa Datafolha no Paraná

Tribunal acata pedido do PRTB; outros seis levantamentos foram vetados no Estado por iniciativa do partido e do tucano Beto Richa

DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA

JOSÉ MASCHIO
ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) censurou ontem a terceira pesquisa Datafolha no Paraná em nove dias. Ao todo, foram impugnados no Estado nove levantamentos.
A última pesquisa divulgada no Paraná sem impugnação foi a do Datafolha, do dia 16, quando foi apontado um crescimento da candidatura de Osmar Dias (PDT).
Das nove impugnações, sete foram pedidas pela coligação de Beto Richa (PSDB) e outras duas pelo PRTB.
Ontem pela manhã, a pesquisa da Alvorada Pesquisas, para a Rede Massa (afiliada do SBT), chegou a ser liberada, em liminar, e depois foi impugnada pelo colegiado de juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná.
O levantamento Datafolha impugnado ontem teve decisão confirmada pelo colegiado do TRE-PR. O pedido havia sido feito pelo candidato do PRTB ao governo, Robinson de Paula, que alegou a ausência do nome do partido em uma das questões da entrevista.
As outras impugnações foram de pesquisas de Ibope (3), Vox Populi, Alvorada Pesquisas e Radar. O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, disse que o instituto não colocou no cartão apresentado ao eleitor o partido associado aos nomes dos candidatos porque nem todo os eleitores terão essa informação no momento do voto.
A pesquisa da Radar Assessoria e Estatística que depois foi impugnada apresentava empate técnico entre os candidatos Richa e Osmar. O Datafolha requereu ontem ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ricardo Lewandowski, liminar permitindo a divulgação de pesquisa proibida desde o dia 22 por juiz auxiliar do TRE-PR. O caso foi distribuído à ministra Cármen Lúcia.
O Datafolha defende que o caso é "excepcional e urgente" e que o TSE teve suas instruções e resoluções desobedecidas pelo TRE-PR.

ESTRATÉGIA
A Folha apurou que as impugnações fazem parte de uma estratégia da candidatura de Richa para evitar que o eleitor seja influenciado por um eventual crescimento da candidatura adversária.
O advogado do PSDB, Ivan Bonilha -também advogado de Richa e da coligação que o apoia na disputa- negou a estratégia. ""Não é isso. As pesquisas foram impugnadas juridicamente, sem qualquer viés político", disse.


Colaborou FREDERICO VASCONCELOS , de São Paulo


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