|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Alckmin deve tirar serristas do governo
Dentre os nomes próximos ao presidenciável derrotado, secretário de Planejamento é o que tem mais chances de ficar
Devem ganhar espaço Jurandir Fernandes,
co-autor do programa de governo, e Sidney Beraldo, ex-secretário
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Derrotado em sua segunda
campanha presidencial, José
Serra (PSDB) deve perder espaço também no governo do
Estado de São Paulo.
O governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) deve tirar
da administração grande
parte dos secretários ligados
a Serra e usar parte desses
cargos para fins de composição política.
Discreto, Alckmin não tem
conversado muito com seus
colaboradores mais próximos sobre a composição do
governo, mas a bolsa de
apostas está agitada.
O governador eleito dizia
que queria esperar o resultado do segundo turno presidencial para começar a montar a equipe. A desculpa era
que Serra teria prioridade na
escolha dos ministros, e vários dos secretários estaduais
seriam ministeriáveis.
A verdade é que, mesmo
com a derrota de Serra, os
"ministeriáveis" devem sair
do governo do Estado. Aliados de Alckmin dizem que
ele já deu sua cota de contribuição a Serra, seu desafeto,
empenhando-se na campanha presidencial. Agora, dizem, Alckmin vai governar
sem Serra.
Do grupo serrista, o que
tem mais chances de permanecer é Francisco Vidal Luna, secretário de Planejamento. É ele quem está coordenando os trabalhos de preparação do governo para a
Copa do Mundo de 2014.
Outros, como José Luiz
Portella (Transportes Metropolitanos), não têm chance
alguma de permanecer. No
caso de Portella, mais que
composição política, a questão é pessoal: ninguém do
grupo de Alckmin o tolera.
Mauro Ricardo Machado
Costa (Fazenda), Dilma Pena
(Saneamento e Energia) e
Antônio Ferreira Pinto (Segurança Pública) também não
contam com a simpatia da
nova equipe.
Ganham espaço Jurandir
Fernandes e Sidney Beraldo,
tidos como os auxiliares mais
próximos de Alckmin.
Fernandes fez parte da
equipe que elaborou o programa de governo do governador eleito e é uma espécie
de curinga no novo secretariado. Ele é cotado principalmente para a nova pasta de
Desenvolvimento e Gestão
Metropolitana, mas pode assumir até mesmo a Casa Civil
e ser uma espécie de coordenador de todas as ações do
governo.
Beraldo coordenou a campanha e também deve ter um
cargo importante. Na gestão
Serra, foi o secretário de Gestão Pública. Com Alckmin,
pode voltar ao posto ou assumir a Casa Civil ou a pasta de
Planejamento.
Outro que ganha musculatura é Silvio Torres, deputado
federal não reeleito. Sua indicação para formar a equipe
de transição, ao lado de Fernandes e Beraldo, demonstra
a confiança que o novo governador tem no auxiliar.
COMPOSIÇÃO POLÍTICA
Quando assumiu o governo do Estado em 2007, Serra
negociou apenas três secretarias com partidos aliados:
Emprego com o DEM, Esportes com o PTB e Assistência
Social com o PV.
No início deste ano, o PV
deixou o governo, e a pasta
da Assistência Social foi entregue ao PMDB, novo aliado. A expectativa é que essa
configuração permaneça.
Com Alckmin, o PV deve
voltar à base de apoio, e provavelmente a legenda ganhará uma pasta. Fábio Feldmann, candidato derrotado
do partido ao governo, é cotado para assumir a Secretaria de Meio Ambiente.
Texto Anterior: Toda Mídia - Nelson de Sá: Globo vai a Dilma Próximo Texto: DEM espera que nomeações abram espaço para deputados não eleitos Índice | Comunicar Erros
|