São Paulo, quinta-feira, 02 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Dilma escolhe Patriota para chefiar o Itamaraty

Receita Federal deve ficar com Carlos Alberto Barreto, ligado a Jorge Rachid

Mantega acertou com Dilma a permanência de Maria Fernanda Coelho no comando da Caixa Econômica Federal

Sergio Lima/Folhapress
Dilma, ao lado da assessora Clara Ant, participa de reunião com o ex-ministro da Saúde Adib Jatene e o atual chefe da pasta, José Temporão

NATUZA NERY
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA
ANDREA MICHAEL
DE SÃO PAULO

A presidente eleita, Dilma Rousseff, informou a integrantes da equipe de transição que o futuro ministro das Relações Exteriores será Antonio Patriota, atual secretário-geral do Itamaraty.
Outro cargo próximo da definição é o de secretário da Receita Federal: deve ser escolhido Carlos Alberto Barreto, presidente do Conselho Superior de Recursos Fiscais.
Dilma queria indicar uma mulher para o Itamaraty, mas não encontrou nenhuma em condições de assumir o ministério e optou por Patriota, de quem é próxima.
Ele substituirá Celso Amorim, um dos ministros mais longevos da gestão Lula.
Na Receita, Carlos Alberto Barreto conta com a simpatia da presidente eleita. Tem também o aval do ministro Guido Mantega (Fazenda) e o apoio de Antonio Palocci (futuro ministro da Casa Civil).
Ao convidar Mantega para permanecer no posto, Dilma pediu que ele fizesse mudanças em sua equipe, principalmente na Receita Federal, órgão que lhe deu dor de cabeça em seu período de ministra da Casa Civil e durante a campanha presidencial.
Barreto já foi adjunto do ex-secretário da Receita Everardo Maciel e subsecretário de Jorge Rachid -responsável pelo órgão na gestão de Palocci na Fazenda e mantido no início por Mantega.
A indicação de um nome ligado a Rachid agrada também ao presidente Lula. Ele elogia a gestão de Mantega na Fazenda, pediu pela sua permanência, mas faz reparos à condução da Receita.
Na avaliação da equipe de Mantega e de Dilma, Barreto tem perfil ideal para tocar o órgão, pela experiência na adoção de medidas para melhorar a arrecadação federal, marcas do período de Maciel e Rachid, e na implementação de políticas setoriais.
Além dele, dado como certo, outros nomes citados são os o subsecretário de Fiscalização, Marcus Vinicius Nedes, e o presidente do INSS, Valdir Moisés Simão.
Mantega acertou com Dilma a permanência de Maria Fernanda Coelho à frente da Caixa Econômica Federal.
O ministro busca ainda um nome de fora do governo para comandar a Secretaria de Política Econômica, já que Dilma pretende nomear Nelson Barbosa para um posto mais próximo dela, no qual seria um de seus principais formuladores nas áreas econômica e de infraestrutura.
O ministro da Fazenda já acertou ainda a permanência do secretário-executivo da pasta, Nelson Machado.
Mantega trabalha também para manter no cargo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, convidado para ser o secretário da Fazenda do governador eleito Tarso Genro (PT-RS). Augustin ainda não respondeu ao pedido do ministro.


Texto Anterior: Painel
Próximo Texto: Negociação entre eleita e Cabral gera crise com PMDB
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.