São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2011

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Sem pai nem mãe

Sob forte pressão da Receita Federal, o Palácio do Planalto resolveu abandonar à própria sorte a medida provisória que prevê punições mais rigorosas para servidores que cometerem quebra irregular de sigilo.
Editado pelo então presidente Lula, em meio à campanha de 2010, para aplacar a ira da oposição diante da violação de dados de dirigentes do PSDB e familiares do candidato José Serra, o texto, aprovado anteontem pela Câmara, perderá a validade se não for apreciado até o próximo dia 15 pelo Senado. Com o Carnaval à frente, o tempo para a votação é tão escasso quanto a vontade do governo de ver a MP aprovada.



Oops! Miriam Belchior (Planejamento) atribuiu o corte de R$ 5 bi no "Minha Casa, Minha Vida" ao fato de a segunda parte do programa ainda não ter sido "aprovada pelo Congresso". Ocorre que se trata de MP, em vigor desde o momento de sua edição.

Mortal De um auxiliar da presidente, sobre o descarte de Emir Sader, que perdeu a Casa de Rui Barbosa depois de atacar a ministra Ana de Hollanda (Cultura): "Ele fez o que Dilma mais detesta". A saber, brigar via imprensa.

Grandes chefes De Jovair Arantes (PTB-GO), aproveitando visita de deputados a Dilma para comentar a aparição da presidente no "Mais Você": "Difícil foi comer a omelete que a minha secretária preparou depois de ver a senhora cozinhando".

Deixa estar Do gaúcho Vieira da Cunha, lamentando a exclusão do PDT, um tanto infiel na votação do salário mínimo, da reunião no Planalto: "Estamos no início de um governo de quatro anos. Daqui a pouco, eles vão olhar para o lado, e os aliados estarão afastados".

Escravos... O ex-deputado Cláudio Vignatti (PT-SC), de início cotado para presidir a Eletrosul, será secretário-executivo das Relações Institucionais. Luiz Azevedo, hoje nesse posto, será o "homem das emendas".

...de Jó O PT agora tenta emplacar Ronaldo dos Santos Custódio, diretor de engenharia, na presidência da Eletrosul. No comando da Eletronorte, o PMDB gostaria de colocar Tito Cardoso de Oliveira Neto, atual diretor de gestão corporativa. Ele é ligado a Jader Barbalho.

Câmbio Se no Brasil Lula poderá receber até R$ 200 mil por palestra, no exterior, segundo petistas, o valor seria outro: US$ 200 mil.

Chega mais De novo mencionado como possível nome do PT para a sucessão de Gilberto Kassab (DEM), o ministro Fernando Haddad (Educação) foi anfitrião, ontem, de almoço com deputados do partido em São Paulo.

A ver Embora declare a intenção de seguir Kassab no novo partido, o vice Guilherme Afif tem repetido a Geraldo Alckmin que não pretende se candidatar à prefeitura.

Canja Marta Suplicy (PT-SP), que no comando da Mesa do Senado tem sido implacável com o tempo dos colegas, foi generosa ontem com Armando Monteiro Neto (PTB-PE), que estreava na tribuna: deu-lhe dois acréscimos de três minutos cada.

Visita à Folha Mauro Munhoz, diretor-geral da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) e presidente da Associação Casa Azul, organizadora do evento, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava com Izabel Cermelli, diretora-executiva da Casa Azul, Josephine Bourgois, coordenadora do núcleo de literatura, Lucia Rodrigues, coordenadora de desenvolvimento institucional, e Manuel da Costa Pinto, curador da Flip.

com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI

tiroteio

"Vaccarezza se credencia para ser o primeiro convocado pela CPI do Alcoolismo. Lá ele poderá explicar melhor essa lógica."
DO DEPUTADO VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP) sobre o líder do governo, segundo quem se cada família beneficiada por programas sociais "comprar uma cachaça por mês, são 11 ou 12 milhões de garrafas", e "isso ajuda toda a economia".

Contraponto

Almas gêmeas

Ao acompanhar, na terça-feira, a sessão na qual foi instalada a comissão de reforma política da Câmara, José Sarney (PMDB-AP) afirmou, em tom eloquente:
-Tenho com o presidente Marco Maia (PT-RS) a mais total, intensa e firme unidade de propósitos!
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) comentou:
-Se com essa identidade toda eles não conseguiram criar uma única comissão, mista, nem se acertaram nos prazos, com 45 dias para a do Senado e 180 para a da Câmara, imagine se houvesse desavenças!


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