São Paulo, quinta-feira, 03 de março de 2011

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Petista define mensalão como guerra e ganha apoio

Com 54 votos favoráveis, João Paulo Cunha é eleito para CCJ da Câmara

Deputado irá comandar comissão que analisa a constitucionalidade da maior parte dos projetos que passam pela Casa


MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

Réu no processo do mensalão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) foi eleito ontem, com 54 votos favoráveis e 2 brancos, presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante comissão da Câmara.
Em seu discurso de posse, disse que o caso o atormenta e que o episódio tinha se tornado uma "espécie de guerra, que mudou a sua vida". Cunha disse que os colegas podiam ficar tranquilos, pois ele tem "muita fé na Justiça".
"É uma guerra que não tem como controlar, que atinge a vida dos outros sem consequência. Mas tenho serenidade que faremos um bom trabalho", disse.
Paulo Maluf (PP-SP) também faz parte da comissão, responsável por analisar a constitucionalidade da maioria dos projetos que passa pela Câmara.
Acordo feito pelo PT prevê que Cunha será substituído pelo ex-presidente da legenda Ricardo Berzoini (SP).
Na Comissão de Educação e Cultura, a eleição da presidente teve que ser adiada para depois do Carnaval devido a disputa entre PT e PMDB.
Está tudo certo para que Fátima Bezerra (PT-RN) assuma o comando da comissão. O problema é que as duas legendas brigam pelo Plano Nacional de Educação.
Peemedebistas querem uma comissão específica para o tema, que ficaria a cargo de Gastão Vieira (PMDB-RN). Já os petistas querem o plano sob os cuidados da Comissão de Educação e sua relatoria.
A disputa entre PT e PMDB também levou a eleição do ex-ministro da Saúde Saraiva Felipe (PMDB-MG) para a Comissão de Seguridade Social. A comissão foi escolhida pelo PMDB como uma resposta às indicações petistas no Ministério da Saúde.
Ao ser eleito, ele disse que dará prioridade à análise de temas como aborto e união civil entre homossexuais.
Já Romário (PSB-RJ) foi eleito vice-presidente da Comissão de Turismo e Desporto, que cuidará de assuntos relacionados à Copa e às Olimpíadas, e que terá também presidente e segundo vice do PSB.


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