São Paulo, domingo, 03 de abril de 2011 |
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PT quer país "a serviço" do partido, diz Aécio Tucano adota tom duro ao atacar governo em encontro de governadores Senador planeja discurso no plenário na quarta-feira para demarcar território como líder da oposição VERA MAGALHÃES ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE Antecipando o tom que deve usar em pronunciamento no Senado na quarta-feira, Aécio Neves (PSDB-MG) acusou a presidente Dilma Rousseff de cometer um "escárnio contra a população brasileira" ao criar o Ministério da Micro e Pequena Empresa. "O PT tem visão diferente da nossa. Nós achamos que um partido político tem de estar a serviço de um país. O PT acha que o país tem de estar a serviço de um partido", disse ao chegar para reunião com os oito governadores do PSDB, em Belo Horizonte. Com o discurso de quarta-feira, Aécio pretende traçar a linha de atuação do PSDB na oposição a Dilma e marcar território como pré-candidato à sua sucessão. A Folha teve acesso ao que ele chama de três "pilares" da fala: o resgate da herança do governo Fernando Henrique Cardoso, a exploração das "contradições do PT no governo" e os caminhos de seu partido para o futuro. Aécio fará a defesa das privatizações, exaltará o combate à inflação e dirá que o PSDB estabilizou a economia e permitiu o crescimento registrado no governo Lula. Como "contradições" do PT, ele pretende mostrar a diferença entre a situação atual -de corte de gastos e risco inflacionário- e o "Brasil cor de rosa" apresentado por Lula e Dilma na campanha eleitoral do ano passado. Por fim, ele pretende apontar temas que devem concentrar a atuação do PSDB, como a defesa da "desestatização do setor privado", numa crítica ao que chama de interferência indevida do governo em empresas privadas, como a Vale. Ontem o mineiro investiu nesse novo tom. "Essa notícia de que a presidente da República criará mais um ministério para acomodar um dirigente que não teve votos para o Senado da República é um escárnio", disse Aécio. Ele se referia à possibilidade de o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) assumir a nova pasta, abrindo espaço para que o presidente do PT, José Eduardo Dutra, que é seu suplente, fique com a cadeira no Senado. Os oito governadores do PSDB aprovaram em Belo Horizonte uma moção de apoio à criação de um Conselho Político para dividir o poder com a direção do partido, conforme a Folha antecipou na edição de ontem. O Conselho deverá ser formado por 14 membros, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de São Paulo José Serra, Aécio e todos os governadores do partido. Os tucanos evitaram dizer quem comandará a nova instância, mas a tendência é que Fernando Henrique seja indicado para presidir o órgão. Texto Anterior: Relatório da PF sobre mensalão reforça denúncia Próximo Texto: Venda de sentenças: Ex-juiz Rocha Mattos cumprirá fim da pena em regime aberto Índice | Comunicar Erros |
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