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Tucanos cobram correção de pré-campanha
DE SÃO PAULO
Convocada pelo ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, a cúpula do PSDB
se reuniu ontem em São Paulo para pregar uma correção
de rumo da pré-campanha
de José Serra à Presidência.
No almoço, que durou três
horas, o ex-governador Aécio
Neves (MG), o senador Tasso
Jereissati (CE) e o ex-ministro
Pimenta da Veiga propuseram mudanças na condução
da campanha, hoje muito
concentrada em Serra.
Chamado às pressas a São
Paulo, o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), deixou o encontro com a missão
de relatar as preocupações
ao candidato.
O risco de desgaste com a
demora na definição da vice
é alvo de apreensão do grupo. "Todos defendem brevidade na escolha da vice",
disse Guerra, um dos cotados
para a vaga.
"Serra deverá caminhar
[na escolha] na semana que
vem", acrescentou.
A falta de diálogo e recentes rompantes de Serra também estiveram em pauta. Todos cobram informações sobre a campanha.
A avaliação foi a de que
Serra deveria dedicar mais
atenção aos aliados e à montagem de palanques, em vez
de desperdiçar energia com a
rotina da campanha.
Hoje, um dos principais
problemas está na concentração da agenda na mão de
Serra, já que o roteiro de viagem tem de ser aprovado previamente pelo candidato.
"É preciso otimizar o tempo do candidato e qualificar
sua agenda", defendeu Aécio, à saída do encontro.
A sugestão é que Serra delegue mais, poupando-se para que possa se apresentar
bem disposto, inclusive na
relação com jornalistas.
"Nosso desejo é que a campanha seja mais produtiva. E
faremos sugestões para isso", disse Pimenta da Veiga.
VICE
Na reunião, Aécio voltou a
defender Tasso para vice.
Mas FHC disse que o senador
"dá trabalho". "Confesso que
não sou nenhum Marco Maciel", brincou Tasso, à saída.
Com a busca de um perfil
conciliador, a hipótese de
Guerra ganha força, até por
sua boa relação com Serra.
Mas esbarra no DEM.
Ao fazer um relato, Guerra
disse que preferiria um nome
do PSDB para a vaga, mas
que o DEM poderá indicar o
vice para evitar sequelas na
campanha. No DEM, Agripino Maia e José Carlos Aleluia
são os mais cotados.
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