São Paulo, domingo, 03 de julho de 2011

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ANÁLISE

No país, aeronaves podem patrulhar fronteira e auxiliar segurança pública

LUIS KAWAGUTI
DE SÃO PAULO

A finalidade básica dos veículos aéreos não tripulados, conhecidos no Brasil como Vants, é cumprir missões de combate sem arriscar a vida de tripulações e tropas.
O conceito começou a ser desenvolvido logo após a Segunda Guerra e entrou em prática na Guerra do Vietnã, quando aviões sem piloto dos EUA sobrevoaram território vietnamita para tirar fotos e descobrir a localização de tropas e armas.
A produção de Vants aumentou na década de 80, quando Israel os usou no conflito com os palestinos e se acelerou na guerra dos EUA contra o Taleban no Afeganistão, a partir de 2001.
Os Vants menores e de curto alcance (10 a 15 km em média) são usados para missões táticas no campo de batalha, tais como sobrevoar a frente inimiga, reconhecer terreno e identificar alvos.
É o caso do VT-15, produzido em pequena escala pelo Exército brasileiro com empresas privadas. Suas vantagens são o baixo custo e a possibilidade de decolar direto do campo de batalha.
Vants como os israelenses Hermes 450 e Heron 1 oferecidos comercialmente ao Brasil por Israel têm propósitos diferentes. Com envergaduras semelhantes às das aeronaves tripuladas, transportam equipamentos avançados de comunicações.
Com autonomia de voo de mais de 200 km, são usados em missões estratégicas de longa duração. No Brasil, podem ser usados para monitoramento de fronteiras e, em tese, segurança pública.
Um terceiro tipo, também de grande porte, é usado pelos EUA no Afeganistão, Paquistão e Iêmen. Eles disparam mísseis e bombas teleguiadas capazes de atingir até indivíduos específicos.
A próxima geração de Vants deverá ser capaz de decolar, cumprir missões longas de reconhecimento ou ataque e pousar de forma totalmente automatizada.
Em tese, o operador humano dará, à distância, apenas a ordem de atirar ou não.
Mas as potências não repassam as tecnologias que vão ser necessárias para chegar ao novo patamar como sistemas de decolagem, navegação e pouso autônomos.
Prevendo isso, o Brasil trabalha desde a década de 1990 em seu próprio programa de Vants, que tem gerado protótipos simples.


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