São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011 |
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Alckmin fará auditorias em contratos do governo Serra Acordos de terceirização de serviços passarão pelo crivo de secretaria Medida é semelhante à que o ex-governador tomou ao assumir o Estado, em 2007, e que gerou crise entre ambos
DANIELA LIMA DE SÃO PAULO CATIA SEABRA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA O governador Geraldo Alckmin auditará todos os contratos de terceirização de serviços herdados da gestão de José Serra (PSDB). Os alckmistas dizem que não é revanche, mas a determinação de Alckmin repete pacote anunciado por Serra em 2007 que abriu crise entre "serristas" e "alckmistas". Na primeira semana de governo, Serra apresentou medidas de austeridade fiscal, que incluíam desde a revisão de contratos até pente-fino no funcionalismo. Alckmin havia deixado o governo em 2006 e se sentiu exposto. Nessa gestão, o pente-fino nos contratos e repasses a entidades sociais será feito pelo secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini (PSDB-SP). Só os serviços terceirizados que serão auditados somam R$ 4,1 bilhões em gastos, sendo R$ 2,8 bilhões na administração direta e R$ 1,3 bilhão na indireta. Todo o trabalho de Semeghini será orientado pelo consultor de gestão Vicente Falconi, do INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial). Falconi orientou o chamado "choque de gestão" feito pelo senador eleito Aécio Neves em Minas, quando governador do Estado. AÉCIO No governo Aécio, a ação tinha como foco a "melhoria da eficiência" com enxugamento de gastos e estruturas. Na manhã de ontem, em entrevista coletiva após a primeira reunião oficial com o secretariado, Alckmin disse que se encontraria com Falconi na quarta-feira. "Vamos ver onde se pode fazer um ajuste fino, para melhorar a aplicação dos recursos", disse ele. Entre as tarefas de Falconi está o cruzamento de dados para chegar aos valores unitários de serviços de cada pasta. Esse levantamento irá para a internet. CORTES Além da revisão de repasses e contratos, Alckmin determinou ontem na reunião com o secretariado que, em até 15 dias, um plano para corte de 10% nos gastos com custeio em todas as pastas seja apresentado. Como exemplo de áreas que poderiam ser enxugadas, Alckmin listou contratos de locação de imóveis e automóveis. Só com imóveis para estruturas o governo paulista gasta R$ 130 milhões ao ano. "O governador mandou fazer economia. Olhar contrato por contrato", afirmou o secretário de Planejamento, Emanuel Fernandes. Após a reunião com os secretários, Alckmin concedeu entrevista coletiva. O governador não detalhou nenhuma dessas ações. Anunciou, no entanto, o contingenciamento de R$ 1,5 bilhão no Orçamento do Estado, que é de R$ 140 bilhões (leia mais abaixo). E disse apenas que havia um "esforço" para identificar o que "poderia ser reduzido". Questionado se o "esforço" significaria redução de cargos comissionados, disse: "Sempre busco fazer mais com menos dinheiro". Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Governador congela R$ 1,5 bi do Orçamento Índice | Comunicar Erros |
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