São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

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Estados anunciam redução de gastos

Governadores adotam cortes no custeio de máquina e de cargos comissionados

Na contramão, tucano Anastasia (MG) cria seis secretarias; petista Tarso Genro (RS) propõe aumento de salários

DE SÃO PAULO

Assim como o paulista Geraldo Alckmin (PSDB), no primeiro dia útil no cargo governadores recém-empossados anunciaram ontem cortes no custeio da máquina administrativa e redução dos cargos comissionados.
No Paraná, Beto Richa (PSDB), que sucede o peemedebista Orlando Pessuti, anunciou um plano de ação de 180 dias para "reequilibrar" as contas, o que inclui o corte de 15% nos gastos de custeio da máquina.
Richa determinou também a suspensão por 90 dias das ordens de pagamento e serviço do Estado. O governo diz que economizará pelo menos R$ 480 milhões em 2011.
A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), anunciou redução de 30%, no mínimo, nos gastos do governo. A recomendação foi feita a todos os secretários. O detalhamento dos cortes será feito ao longo desta semana.
O ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) deixou o cargo com problemas financeiros. A Folha não conseguiu falar com ele ontem.
Na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho (PSB) suspendeu o reajuste de 27,92% no próprio salário, do vice e de deputados estaduais.
O reajuste havia sido dado pelo ex-governador José Maranhão (PMDB), derrotado por Coutinho. Foram exonerados 4.500 comissionados, ou 40% dos cargos, que não serão mais preenchidos.
O governador reeleito do Piauí, Wilson Martins (PSB), anunciou a exoneração de 2.000 comissionados -só serão readmitidos até 30%.
No Amapá, Camilo Capiberibe (PSB) diz que as mudanças na estrutura devem gerar uma economia de R$ 8,5 milhões ao ano.
No Tocantins, Siqueira Campos (PSDB) disse que o Estado tem a necessidade de cortar 70% dos gastos com custeio e com servidores comissionados. Até ontem, ele não havia anunciado nenhum corte.

NA CONTRAMÃO
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), deve enviar à Assembleia um projeto de lei para elevar o salário de cerca de 500 cargos comissionados que ganham hoje R$ 1.200. Em contrapartida, o governo propõe a extinção de outros 138 cargos.
Em Minas, Antonio Anastasia (PSDB) criou mais três secretarias e instituiu o cargo de secretário-extraordinário para a Copa de 2014. O governo diz que o impacto nas contas será "muito pequeno". (JEAN-PHILIP STRUCK, DANILO SÁ, NATÁLIA CANCIAN, ELIDA OLIVEIRA, SÍLVIA FREIRE, GRACILIANO ROCHA e RODRIGO VIZEU)


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