São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Mercadante diz que Brasil será o 1º país tropical desenvolvido Em sua posse, petista defende o aumento dos investimentos em ciência e tecnologia DE SÃO PAULO Ao tomar posse como ministro da Ciência e Tecnologia, em Brasília, Aloizio Mercadante (PT) disse que tentará elevar o volume de investimentos no setor para que o país possa se desenvolver. "Não há país tropical desenvolvido no mundo. Não temos modelo a seguir, estamos criando nosso próprio modelo e temos todo o potencial para sermos o primeiro país tropical desenvolvido." Na realidade, os trópicos já abrigam alguns países com Índice de Desenvolvimento Humano muito elevado. A Austrália, situada em parte na zona tropical, tem o segundo melhor IDH do mundo: 0,937, contra 0,938 da Noruega, primeira colocada. Outras nações (Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Brunei e Barbados) e regiões administrativas (Hong Kong) também têm IDH muito alto. Entrariam ainda nessa categoria, se tivessem seus IDHs calculados pela ONU, Taiwan, Porto Rico e Macau (região da China), além de algumas colônias da França. A frase do ministro sugere a persistência de uma concepção muito antiga -a de que o clima tropical é um entrave ao desenvolvimento. Montesquieu (1689-1755) acreditava que o clima tórrido produzia Estados despóticos, pois consumia tanto os homens que estes só trabalhavam movidos pelo medo. Para o filósofo Hegel (1770-1831), só povos de climas temperados tinham história. Discípulos do geógrafo Friedrich Ratzel (1844-1904) defendiam que foi o rigor do inverno que fez a civilização se desenvolver. Hoje tais teses caíram no esquecimento. Texto Anterior: Mudança do Arquivo Nacional para a Justiça é alvo de críticas Próximo Texto: Na Pesca, Ideli critica comentários "jocosos" Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.