São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br É isso e pronto Em duas reuniões ontem, Dilma Rousseff e Antonio Palocci enquadraram o PMDB na acirrada disputa por cargos no setor elétrico. Na primeira, pela manhã, a presidente, contrariada com versões registradas na imprensa sobre encontro na véspera no qual se discutiu o tema, avisou a Michel Temer e a Edison Lobão que, àquela altura, Flávio Decat já estava convidado a presidir Furnas, a despeito de pressões em contrário. Depois, o chefe da Casa Civil disse que, se Lobão insistisse, Dilma "até poderia" nomear José Antonio Muniz Lopes, da cota do PMDB-MA, para a Eletronorte -mas "seria bom" que não insistisse. Os peemedebistas ouviram ainda que o comando de estatais como Chesf e Eletrosul também deve ser trocado. Bio 1 José da Costa Carvalho Neto, ex-presidente interino da Cemig, era mencionado ontem no Planalto como o nome mais forte para assumir a Eletrobras. Ele foi citado no processo do mensalão mineiro, na investigação sobre supostos desvios para a campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas, em 1998, via agência de Marcos Valério. Bio 2 Depois que deixou a Cemig, Carvalho abriu a Arcadis Logos Energia, com atuação no setor elétrico. Bio 3 Também Decat passou pela Cemig, da qual foi diretor. O novo presidente de Furnas chegou à estatal mineira pelas mãos de Dimas Toledo, poderoso diretor de Operações derrubado pela metralhadora de Roberto Jefferson à época do mensalão. Estreia Marta Suplicy (PT-SP) obteve ontem as assinaturas necessárias para desengavetar o projeto que pune a homofobia. A discussão será feita "sem pressa e com amplo espaço para o contraditório", diz a vice-presidente do Senado, para quem trata-se apenas de "proteger uma parcela da população que vive sob ameaça". Guerra civil 1 Aécio Neves tem dito a aliados que não recuará da ofensiva para assumir o controle do PSDB, bancando a candidatura de Sérgio Guerra ainda que José Serra resolva disputar a presidência do partido. Guerra civil 2 Os serristas consideram que, mesmo se não for eleito presidente, bastará ao ex-governador ocupar um posto na direção nacional tucana para eclipsar a posição de Guerra. Estilo 1 Recém-indicado para uma Corte com tradição de longas leituras de votos, o novo ministro do STF, Luiz Fux, sustenta em autobiografia publicada no site da Uerj, onde estudou, que nunca leu um voto em sessão. Estilo 2 Partidário da "simplificação do direito", Fux diz: "Não leio os meus votos. Explico qual é a ideia que tenho do caso e, eventualmente, só para fechar o raciocínio, leio a síntese do voto. Essa metodologia de ficar lendo, ninguém presta atenção, ninguém aguenta". Imagem é tudo A nova direção dos Correios vai abrir licitação para contratar mais uma agência de publicidade. A empresa já tem contratos com a Link e a Artplan. Padrinho Agora deputado distrital, Agaciel Maia (PTC-DF) tenta emplacar Sebastião Fernandes Neto na direção geral do Senado. Tião, como é conhecido, foi coordenador de execução orçamentária na gestão Agaciel, encerrada em escândalo. Haroldo Tajra, atual diretor, é ligado a Heráclito Fortes (DEM-PI), não reeleito. Visita à Folha Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Marcio Aith, subsecretário de Comunicação. com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI tiroteio "Brasília anda inigualável também em sua arquitetura política, cheia de borrões, sinais trocados, mapas partidários embaralhados..." DO DEPUTADO FEDERAL CHICO ALENCAR (PSOL-RJ), sobre imagens do Earth Observatory a partir das quais a Nasa concluiu que a capital brasileira é inconfundível quando vista do espaço. Contraponto Assim, assim Geraldo Alckmin visitou anteontem escola considerada modelo em São Paulo, no bairro do Ipiranga. Depois de entregar kits a alunos da rede estadual, tomava café com funcionários. Na saída, comentou que Lula estudara lá, em 1959, e emendou: -Eu vi o boletim dele... Os jornalistas logo se interessaram em saber detalhes sobre as notas obtidas pelo ex-presidente da República. Sem dizer palavra, o governador fez um gesto de "mais ou menos" com as mãos. Próximo Texto: Deputados deixam Câmara, mas mantêm supersalários Índice | Comunicar Erros |
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