São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

EUA e seus generais

Na submanchete de papel do "New York Times", o "súbito racha" que "alterou dramática e rapidamente a política externa". Em suma, os "EUA romperam abertamente com o Egito" de Mubarak, anteontem.
Na submanchete de papel do "Los Angeles Times", também só abaixo dos conflitos, "Rejeitados, EUA se voltam para os militares egípcios", que, diz fonte no governo, "ainda funcionam como amortecedor entre os dois lados" -e recebem "assistência em dólar".
Mas as manchetes on-line no fim do dia apontavam "crackdown", repressão agora militar. O general Omar Suleiman apareceu na TV estatal como a voz do regime, avisou que o ditador continua -e atacou a "intervenção" dos EUA via "declarações à imprensa".

news.yahoo.com/cutline
AL JAZEERA 1
Suleiman, na TV estatal, apontou o dedo para a Al Jazeera: "Eu responsabilizo países irmãos [Qatar] que têm estações de TV não amigas que incitam jovens contra nós"

foreignpolicy.com
AL JAZEERA 2
Na home da "Foreign Policy", em relato do Cairo, "Sim, esta revolução está sendo levada até você pela Al Jazeera". No título interno do despacho, "A Revolução Al Jazeera", contra os "autocratas árabes"

// ATÉ TV BRASIL
Nas manchetes de TV e internet sobre a repressão, no fim do dia, "A mídia na linha de tiro". O "NYT" deu que, "após a intimidação, nenhuma das maiores redes dos EUA transmitia imagens da praça Tahrir". Já a Al Jazeera destacou que a repressão atingiu também os jornalistas egípcios.
No Brasil, manchete do UOL ao "Jornal Nacional", "Egito prende jornalistas brasileiros". Corban Costa, da rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, passaram noite e manhã "sem água, presos em uma sala sem janelas", e "tiveram seus passaportes e equipamentos apreendidos".

// "BRASIL DISSECADO"
brazilconfidential.com Capa da nova publicação, descrita como um "guia para os leitores no labirinto" do Estado brasileiro Com anúncio na capa de papel, o "Financial Times" lançou ontem a "Brazil Confidential", publicação que vai sair a cada duas semanas com "análise e insight" do país. Na primeira edição, foto de Dilma Rousseff e a manchete "Uma mudança de atitude em Brasília", sobre sua maneira de agir, "ativa e sem nonsense". O editorial assinado por Richard Lapper, sobre o "desafio fiscal", diz que "a determinação do novo governo de cortar gastos deve ajudar a acalmar os temores de super aquecimento".
Nas reportagens, "dúvidas sobre as perspectivas da Petrobras", "o peso da dívida para os grupos de baixa renda" e oportunidades de investimento em Minas e em shoppings.

// DILMA, CEO
No "FT", propriamente, o correspondente Joe Leahy publica hoje o longo perfil "Tecnocrata, Rousseff deixa sua marca no Brasil". Destaca que os brasileiros puderam "vislumbrar o estilo de governo de sua nova presidente" quando ela chegou à região serrana do Rio "em 24 horas", foi "reservada em seus comentários à mídia", mas "rapidamente traçou projetos".
Um "gerente de fundo que representa um grande investidor americano" descreve Dilma como "chief executive officer" (CEO) do Brasil e rasga elogios.

Petrobras 1 Mais do "FT". Na home, "Petrobras planeja dobrar produção de petróleo do Brasil", diz o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. Mas o que mais ecoou nas agências foi o anúncio de que pretende levantar US$ 40 bilhões com investidores até 2014.

Petrobras 2 Já a "Economist" deu o texto "Em águas profundas", enviado de Angra dos Reis e ouvindo Gabrielli e outros. Destaca, no subtítulo, que "Extrair ouro negro enterrado embaixo do Atlântico Sul será difícil", mas "Gastar lucros sabiamente será ainda mais".

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@ - Nelson de Sá


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