São Paulo, sexta-feira, 04 de março de 2011

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Após excluir PDT de encontro, Dilma diz ter confiança em Lupi

Presidente diz que problemas do partido do ministro não serão resolvidos pelo governo

DE BRASÍLIA

Um dia depois de vetar o PDT na reunião com os líderes aliados da Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff se encontrou com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, presidente licenciado do partido, e afirmou ter "inteira confiança" nele.
"O ministro Lupi é um ministro da minha inteira confiança. O PDT estará no Ministério do Trabalho. Agora, eventuais problemas dentro da base vão ser resolvidos pelo próprio partido, e não pelo governo", disse a presidente.
Dilma afirmou que sempre é a "última a saber" sobre notícias de mudanças ministeriais. "Acho estranho como é que, em alguns momentos, [ministros] ficam ou saem de acordo não comigo. Sou, nesta história, a última a saber."
Em outra frente para colocar um ponto final na crise, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), ligou ontem para o líder do PDT na Casa, Giovanni Queiroz (PA), e o convidou para participar da próxima reunião do Conselho Político.
O grupo reúne os líderes dos partidos aliados ao governo no Congresso.
O convite foi prontamente aceito. "Não teve geladeira, apenas não queríamos criar constrangimentos", afirmou Vaccarezza sobre a ausência do partido na última reunião.

POLÊMICA DO MÍNIMO
A polêmica envolvendo o PDT começou após integrantes do partido, incluindo o próprio líder na Câmara, defenderem o valor de R$ 560 para o salário mínimo.
Dos 26 deputados federais da legenda presentes na sessão que votou o assunto, 9 votaram contra o valor de R$ 545 do governo.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, foi um dos maiores defensores de um mínimo maior e chegou a fechar um acordo com a oposição para tentar derrubar o valor do Executivo.
"Acho que ele [Paulinho] está fazendo um caminho equivocado ao se aproximar da oposição. A não ser que ele tenha um laço ideológico [com PSDB e DEM]", disse ontem o líder do governo.
O governo aprovou o salário de R$ 545 com larga margem de votos tanto na Câmara quanto no Senado. A lei já foi sancionada.


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