Com camisa de Kaká, fundador da Renascer não fala de processo nos EUA

Estevam Hernandes, que esperava até 5 milhões na marcha, disse ver discriminação contra os evangélicos

Danilo Verpa/Folhapress

Fiéis da Igreja Renascer em Cristo erguem as mãos ao entoar cântico religioso no evento

FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO

Vestidas de verde e amarelo, em alusão à Copa do Mundo da África do Sul, cerca de 2 milhões de pessoas, segundo a Polícia Militar, compareceram ontem à 18ª edição da Marcha para Jesus, realizada na zona norte de São Paulo.
Organizado pela Igreja Renascer em Cristo, fundada pelo casal Estevam e Sônia Hernandes, o evento deste ano teve o tema "Marchando sobre as águas".
Casais, famílias e muitos jovens foram às ruas da cidade acompanhar os 14 trios elétricos que lideravam a marcha e tocavam músicas evangélicas em ritmos tão distintos quanto pop, rock, samba, axé e hardcore.
O casal Hernandes percorreu a marcha em um dos trios. Depois, foi levado até o palco montado na concentração do evento em um comboio formado por um Toyota Corolla, um Honda Civic e uma Mitsubishi Pajero, todos carros de luxo.
Também em ritmo de Copa do Mundo, Estevam trajava uma camiseta da seleção brasileira presenteada e autografada pelo amigo Kaká, jogador da seleção e do Real Madrid, além de um boné com a bandeira do Brasil.
Estevam, que esperava até 5 milhões de pessoas na marcha, tratou os evangélicos como "minoria" e disse ver discriminação contra eles.
"Percebemos que há uma resistência em relação àquilo que é a manifestação do povo evangélico. Mas não há como ignorar, a Marcha para Jesus é um fato", afirmou.
O apóstolo se recusou a responder sobre como tem enfrentado o processo contra ele na Justiça, no qual responde por evasão de divisas e falsidade ideológica. Sônia não falou com a imprensa.
Durante o evento, a Polícia Militar registrou apenas o roubo de dinheiro e do celular de um menor de idade. Dois homens foram detidos.


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