São Paulo, sábado, 04 de junho de 2011 |
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Imprensa age como oposição, diz Padilha Sem citar Palocci, ministro da Saúde afirma que mídia é principal partido opositor e deveria tratar de temas "positivos" Críticas foram feitas em encontro com dirigentes estaduais do PT; Jaques Wagner pede coesão em época de "turbulência"
CÍNTIA KELLY COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SALVADOR O ministro Alexandre Padilha (Saúde) afirmou ontem, em encontro com dirigentes petistas em Salvador, que o principal partido de oposição do país é a "grande imprensa". No discurso, ele não citou diretamente a crise política que envolve o ministro Antonio Palocci. Para Padilha, a imprensa deveria fazer reportagens sobre assuntos "positivos", como o plano do governo federal de erradicação da pobreza extrema, em vez de tratar apenas de "problemas". Depois do ministro, o governador da Bahia, Jaques Wagner, falou da importância da coesão do PT, que reuniu 25 dos 27 presidentes estaduais, mesmo em "momento de turbulência". Na semana passada, Wagner disse, a uma rádio de Salvador, que a evolução patrimonial do titular da Casa Civil "chama a atenção". Questionado pela Folha sobre a crise envolvendo Palocci, Padilha disse: "Não falo sobre isso". Em seguida, o ministro deixou o local sem responder a outras perguntas. Seguranças impediram que a imprensa tentasse se aproximar dele novamente. As críticas à imprensa se assemelham aos ataques do ex-presidente Lula durante as eleições no ano passado. Lula disse, em setembro de 2010, que "quem faz oposição neste país [...] é determinado tipo de imprensa". Durante o encontro, considerado tenso entre os presentes, outros culparam a imprensa pela crise. "Palocci tem um histórico de competência que não vai ser manchado com denúncias que não passam de orquestração da oposição, que vem naufragando, e com o apoio da grande imprensa", afirmou Eliezer Tavares, secretário de comunicação do PT do Espírito Santo. A reportagem entrevistou 13 presidentes de diretórios estaduais do PT sobre um possível afastamento de Palocci do governo. Nenhum deles defendeu o ministro. O presidente do PT gaúcho Raul Pont afirmou, que o seu pedido de afastamento encontrou o apoio de "diversos dirigentes de todo o país". Colaboraram MATHEUS MAGENTA, DE SÃO PAULO, e DOUGLAS CECONELLO, DE PORTO ALEGRE Texto Anterior: Dilma já discute como será governo sem Palocci Próximo Texto: Frases Índice | Comunicar Erros |
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