São Paulo, sábado, 04 de junho de 2011

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Dados recentes sugerem expansão menor

ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO

Desaceleração da atividade industrial, menor confiança de empresários e consumidores no futuro, redução no poder de compra dos trabalhadores.
Essas tendências de perda de fôlego do crescimento da economia têm sido apontadas por dados divulgados recentemente. Isso faz com que economistas apostem em expansão entre 3,4% e 4% em 2011. Números bem mais modestos do que a taxa de 6,2% registrada nos 12 meses encerrados em março.
Um indicador importante do rumo da atividade é a confiança de empresários e consumidores na economia. Dados recentes revelam maior pessimismo, o que implica menor disposição de investir e comprar.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) calculado pela FGV recuou 1,2% em maio em relação a abril (descontados efeitos sazonais). Foi a quinta queda consecutiva.
Indicador semelhante calculado pela instituição para sondar expectativas de consumidores registrou três meses seguidos de retração até maio, quando caiu 2,4% em maio em relação a abril.
O pessimismo de empresários ajuda a explicar o comportamento da produção de bens industriais, que em abril ficou 2,1% menor em relação a março.
Segundo analistas, a combinação de crédito mais caro por conta de medidas adotadas pelo Banco Central, valorização do real e recuperação econômica frágil nos países desenvolvidos deverá contribuir para um comportamento fraco da indústria nos próximos meses.
As perspectivas para o consumo também são de moderação. Dados recentes mostram, que depois de um longo período de expansão, a renda do trabalhador começa a cair levemente, afetada pela alta da inflação.
O endividamento das pessoas físicas segue em alta, mas tem sido concentrado em modalidades caras de crédito como cartão de crédito e cheque especial.
Menor poder de compra e prestações mais altas vão contribuir esfriar o consumo e desacelerar a economia.


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