DE SÃO PAULO

Para tentar montar uma aliança forte com o objetivo de chegar ao governo pela primeira vez, o PT-SP teve de abrir espaço na chapa para PDT, PR e PC do B.
O partido já indicara a cabeça de chapa, com Aloizio Mercadante, e um dos postulantes ao Senado, a ex-ministra Marta Suplicy.
Para a outra vaga pretendia o nome do vereador Gabriel Chalita (PSB), mas seu partido decidiu lançar a candidatura do presidente licenciado da Fiesp, Paulo Skaf.
O espaço foi dado ao PC do B, que indicou o cantor e apresentador Netinho de Paula, cuja experiência política se resume a um ano e meio como vereador.
O apresentador já chegou a estender o tratamento "mano", que dispensa a entrevistados e a amigos, a Mercadante -que virou, então, "mano Mercadante".
Mercadante, que espera herdar a força de Netinho na periferia, incorporou a linguagem e diz que ele será um "mano senador".
Ao PDT, logo no início das conversas, foi prometida a vaga de candidato a vice. Os petistas, no entanto, chegaram a ensaiar uma chapa puro-sangue, que teria o senador Eduardo Suplicy na vice.
Atento à jogada, Paulinho da Força, presidente estadual do PDT, disparou: "Se o PT me encher o saco, eu lanço candidato próprio".
A falta de nomes pedetistas que agradassem aos petistas, entretanto, levou a vaga de vice ao desconhecido engenheiro Coca Ferraz.
O PR indicou o primeiro suplente de Marta Suplicy, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues.
O vereador tem condenação por improbidade administrativa e teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral -que, depois de recurso, revogou a decisão.
A suplência de Marta era cobiçada porque a ex-prefeita pretende disputar a Prefeitura de São Paulo em 2012.


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