São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010

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Disputa por terras na região ainda não foi resolvida

DE SÃO PAULO

O assassinato da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, em 12 de fevereiro de 2005, é um marco na luta pela preservação da Amazônia
Mas, apesar de toda a comoção gerada pelo crime, a disputa por terras na região ainda não foi resolvida.
Cinco anos após sua morte, as famílias que ocupam o PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança continuam sem ter posses garantidas e sofrendo ameaças, de acordo com Jane Dwyer, sucessora da americana na região.
O maior problema é a insegurança jurídica dos pequenos produtores que hoje ocupam a área do projeto.
Stang foi morta aos 73 anos, alvo de seis tiros, em uma estrada de terra próxima ao município de Anapu (750 km de Belém, no Pará), por denunciar a grilagem e o desmatamento ilegal dentro da área do PDS Esperança.
A iniciativa foi idealizada como um modelo sustentável para a reforma agrária.
Cinco pessoas foram acusadas no caso. Em 30 de abril deste ano, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, foi condenado em Belém a 30 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado. Taradão foi o último dos réus do processo a passar pelo júri -os outros quatro já haviam sido condenados.
No julgamento, ele negou que tenha mandado matar a missionária. Segundo o Ministério Público, Taradão negociou junto a Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, e ao intermediário a contratação de dois homens para matar Dorothy Stang.
A missionária atuava na Amazônia desde a década de 70. Ela lutava pela geração de emprego e de renda com projetos de reflorestamento em áreas degradadas.
O assassinato da missionária teve forte repercussão internacional e aumentou a pressão para que o governo federal criasse áreas de proteção ambiental na região.


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