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Disputa por terras na região ainda não foi resolvida
DE SÃO PAULO
O assassinato da missionária norte-americana naturalizada brasileira Dorothy
Stang, em 12 de fevereiro de
2005, é um marco na luta pela preservação da Amazônia
Mas, apesar de toda a comoção gerada pelo crime, a
disputa por terras na região
ainda não foi resolvida.
Cinco anos após sua morte, as famílias que ocupam o
PDS (Projeto de Desenvolvimento Sustentável) Esperança continuam sem ter posses
garantidas e sofrendo ameaças, de acordo com Jane
Dwyer, sucessora da americana na região.
O maior problema é a insegurança jurídica dos pequenos produtores que hoje ocupam a área do projeto.
Stang foi morta aos 73
anos, alvo de seis tiros, em
uma estrada de terra próxima ao município de Anapu
(750 km de Belém, no Pará),
por denunciar a grilagem e o
desmatamento ilegal dentro
da área do PDS Esperança.
A iniciativa foi idealizada
como um modelo sustentável para a reforma agrária.
Cinco pessoas foram acusadas no caso. Em 30 de abril
deste ano, o fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, foi condenado em Belém a 30 anos de prisão por
homicídio duplamente qualificado. Taradão foi o último
dos réus do processo a passar
pelo júri -os outros quatro já
haviam sido condenados.
No julgamento, ele negou
que tenha mandado matar a
missionária. Segundo o Ministério Público, Taradão negociou junto a Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, e ao intermediário a contratação de
dois homens para matar Dorothy Stang.
A missionária atuava na
Amazônia desde a década de
70. Ela lutava pela geração
de emprego e de renda com
projetos de reflorestamento
em áreas degradadas.
O assassinato da missionária teve forte repercussão
internacional e aumentou a
pressão para que o governo
federal criasse áreas de proteção ambiental na região.
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