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Ex-refém das Farc diz que petista é "sensível"
Para Ingrid Betancourt, eleita é mulher especial
DE SÃO PAULO
A colombiana Ingrid Betancourt -que passou seis
anos sequestrada pelas Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)- afirmou ontem que a eleição de
Dilma Roussef para a presidência é "um momento lindo
para o mundo inteiro".
"Ela [Dilma] representa
muitas coisas que são importantes para o mundo que
queremos criar. É uma mulher muito sensível", disse.
Segundo ela, o fato de Dilma ter sido torturada no regime militar brasileiro tornou-a mais sensível às violações
de direitos humanos.
Betancourt contou em palestra ontem no Masp como
foi ser vítima de agressões,
sem direito a cuidados médicos, durante o cativeiro.
A ex-candidata à presidência da Colômbia também disse que a eleição de Dilma é
importante "não porque [ela]
é mulher, mas porque ela é
uma mulher especial", disse.
Questionada sobre alegações da oposição de que o governo brasileiro teria tido relações com as Farc, Betancourt disse que as os guerrilheiros devem ser tratados
como terroristas. "Uma nação democrática não pode
aceitar ter relações com um
grupo que é terrorista".
Betancourt está lançando
o livro "Não há silêncio que
não termine - Meus anos de
cativeiro na selva colombiana". Ela participa hoje de sabatina na Folha.
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