São Paulo, sexta-feira, 04 de novembro de 2011 |
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Lula cobra reação do governo a resultado de estudo da ONU Organização revelou avanço tímido do país em índice de desenvolvimento humano BRENO COSTA DIMMI AMORA DE BRASÍLIA O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ligou ontem para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, "iradíssimo" com a posição do Brasil no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU. O país avançou apenas uma posição e aparece em 84º lugar entre 187 países. O ranking, divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), leva em conta indicadores de escolaridade, renda e expectativa de vida. "Ele nos deu um telefonema iradíssimo hoje [ontem], disse que era injusto e que a gente tinha que reagir", contou Carvalho, que foi chefe de gabinete de Lula nos oito anos de seu governo, durante um seminário em Brasília. O ex-presidente está de repouso em casa, em meio a um tratamento para combater um câncer na laringe. RESPOSTA No mesmo dia, a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social) convocou a imprensa para contestar o indicador das Nações Unidas. Assessorada por servidores do ministério da Educação e da Saúde, Campello negou que a defesa tenha sido feita a pedido de Lula. Na entrevista, ela lamentou que os dados usados sejam de 2006. Segundo a ministra, isto faz com que avanços do Bolsa Família, de melhorias do salário mínimo e de outros programas sociais não sejam considerados. "Um dos pleitos do governo brasileiro é que estes avanços apareçam. Nós certamente teremos um salto muito grande. [Haverá] um impacto muito maior a partir do ano que vem", afirmou. E completou: "O Brasil avança, continua melhorando. Mas nossa avaliação é que esse avanço é ainda maior". No entanto, este tipo de dado não é considerado no IDH, e sim em outro índice do relatório, o IPM (Índice de Pobreza Multidimensional). Segundo a ONU, o relatório usou dados de 2006 para que houvesse uma mesma base de comparação entre todos os países -muitos deles têm informações defasadas. Campello, porém, destacou os pontos positivos apontados no relatório, como redução da desigualdade e acesso a bens de consumo: "O governo recebe o relatório considerando que ele reconhece os esforços do país em reduzir desigualdades". Texto Anterior: Saída de Marta afasta Serra da disputa, dizem tucanos Próximo Texto: Ministério do esporte: Aldo Rebelo chama Lars Grael para chefiar programa alvo de acusações Índice | Comunicar Erros |
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