São Paulo, sábado, 04 de dezembro de 2010 |
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TV pública encarou "poderosos", diz diretora Em carta aos funcionários, Tereza Cruvinel, da EBC, festeja três anos da emissora e elogia o próprio trabalho Na mensagem, ela diz que canal está "fazendo história" e que audiência é tratada como cidadã, não como consumidora
FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA A diretora da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Tereza Cruvinel, disse que a emissora enfrentou "poderosos adversários externos" para ir ao ar e que seguiu "longe das pressões do poder público e do mercado". Segundo ela, A TV pública brasileira está "fazendo história". As declarações foram feitas em carta comemorativa aos três anos da emissora. O texto foi enviado anteontem para os funcionários da instituição. A TV Brasil começou oficialmente a funcionar no dia 2 de dezembro de 2007 -segundo a diretora, "momento histórico aquele". "Mesmo contando com o apoio dos que vinham da Radiobrás/TV Nacional e da ACERP-TVE, criar a televisão pública federal a partir de duas televisões estatais precárias e sucateadas era uma aventura", diz a jornalista. Cruvinel diz que, depois de três anos, a emissora é hoje sólida e sua programação, "complementar e diferenciada, conquista a cada dia mais audiência e reconhecimento por sua qualidade". Ao final, afirma que para a TV Brasil "o telespectador é um cidadão e não um consumidor". A Folha pediu informações sobre a audiência para a assessoria de imprensa da TV, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição. O orçamento anual da EBC é de R$ 400 milhões. A Folha também entrou em contato com Cruvinel para saber quem eram os "poderosos adversários" citados na carta, mas ela preferiu não citar nomes. Disse apenas que estava se referindo a "todos aqueles que não entendem a função de uma televisão pública e torcem para que ela dê errado". Uma pesquisa realizada pelo Datafolha no final do ano passado mostrou que 34% dos entrevistados dizem conhecer a TV Brasil, sendo que apenas 10% afirma assistir regularmente à programação do canal. O instituto entrevistou 5.192 pessoas em todas as regiões do Brasil durante o mês de agosto de 2009. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais. A pesquisa também mostrou que 42% das pessoas apontam "dificuldades de sintonização" como o motivo por não assistirem à emissora. Entre os que assistiam, 80% se diziam satisfeitos com a programação. Texto Anterior: Lula completa 470 dias de viagens ao exterior Próximo Texto: Frases Índice | Comunicar Erros |
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