São Paulo, sábado, 05 de fevereiro de 2011

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Edifícios do centro são alvo de Kassab e Alckmin

Governador e prefeito querem adquirir prédios para abrigar órgãos públicos

Tucano e democrata dizem que estratégia ajuda a revitalizar o centro e economizar no pagamento de aluguéis
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo estão à procura de edifícios no centro da capital para transferir órgãos públicos que hoje estão em imóveis alugados.
As aquisições vão alimentar o discurso de austeridade do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Ainda na transição, Alckmin anunciou que retomaria a compra de prédios no centro para revitalizar a área e reduzir os gastos do governo com aluguel. Em gestão anterior, o tucano comprou sete prédios na rua Boa Vista.
Com isso, levou 3.000 servidores para a região e divulgou que a medida diminuiu o custo mensal das estruturas realocadas de R$ 1,05 milhão por mês com aluguéis para apenas R$ 300 mil -valor das parcelas do financiamento pago pelos edifícios.
A partir da movimentação de Alckmin, a equipe de Kassab, que debatia a desapropriação de edifícios há um ano, pôs o pé no acelerador.
Prefeitura e governo chegaram a cobiçar o mesmo edifício, na rua Boa Vista, ao lado do Centro Integrado de Administração do Estado, prédio do governo estadual que tem quatro secretarias.
Como a equipe de Kassab havia iniciado a negociação antes, a de Alckmin deixou a disputa e passou a cobiçar outro edifício na mesma rua.
A Folha apurou que a prefeitura usará o prédio para realocar a Secretaria de Finanças do município. Já o governo do Estado, se tiver sucesso na compra do edifício vizinho, deslocará a Secretaria de Planejamento.
Além da economia, Alckmin e Kassab usarão a iniciativa para capitalizar políticas de revitalização do centro, bandeira tanto do governador quanto do prefeito.
O governo estadual pretende abrir linhas de crédito para servidores públicos comprarem imóveis na região. Além disso, Alckmin anunciou que investirá na reabilitação de estruturas que hoje estão fechadas.
Ele quer destinar o Palácio Campos Elíseos, na avenida Rio Branco, a atividades culturais. Uma possibilidade é transformá-lo em museu.
Na gestão de José Serra chegou-se a cogitar a hipótese de devolver ao palácio a função de sede do governo, mas a ideia foi descartada.


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