São Paulo, quinta-feira, 05 de maio de 2011 |
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Serra procura Alckmin para negar elo com dissidentes Ex-governador tenta desfazer mal-estar criado por silêncio na crise do PSDB Nova legenda criada por Kassab, afilhado de Serra, provocou dezenas de baixas nos partidos da oposição
DANIELA LIMA VERA MAGALHÃES DE SÃO PAULO O ex-governador José Serra procurou seu sucessor, Geraldo Alckmin, e outros líderes do PSDB para desmentir que seja o idealizador da debandada tucana rumo ao PSD de Gilberto Kassab. Serra se queixou do que considera uma tentativa de desgastá-lo no partido, proveniente, segundo sua avaliação, de pessoas próximas ao governador. O encontro ocorreu na noite de anteontem, no Palácio dos Bandeirantes. Antes, o ex-governador havia falado por telefone com o presidente do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), e com outros dirigentes tucanos. Segundo relatos obtidos pela Folha, Serra disse a todos que não se envolveu com a criação do PSD. Afirmou que tentou dissuadir Kassab, seu aliado, da ideia de deixar o DEM e criar a nova sigla. O ex-governador fez um diagnóstico de que o PSD vai se aproximar do governo Dilma -e, portanto, não seria vantajoso para ele. A criação do novo partido provocou nas últimas semanas dezenas de baixas no PSDB e nos outros partidos de oposição, DEM, ao qual Kassab era filiado, e PPS. Procurado ontem pela Folha, Serra não respondeu. Rumores sobre sua participação no projeto de Kassab ganharam força quando o PSDB da capital paulista perdeu 6 de seus 13 vereadores. Todos os dissidentes são aliados de Kassab e fizeram campanha para ele em 2008, com o apoio de Serra. Na época, Alckmin concorria à prefeitura pelo PSDB. O partido ficou dividido e o governador sequer chegou ao segundo turno. Serra tem evitado falar publicamente sobre a debandada tucana em São Paulo. Na segunda-feira, após palestra em escola particular paulistana, negou que houvesse crise no PSDB e desconversou sobre a nova sigla. "É um partido que está sendo feito", disse aos repórteres após a palestra. "Não estou preocupado." DIRETÓRIO ESTADUAL Na conversa com Alckmin, Serra também discutiu a necessidade de fazer um acordo para a composição do diretório estadual do PSDB, a fim de evitar que se repita o descontentamento que levou à saída de seis vereadores. Depois do encontro, serristas dão como certa a indicação do deputado federal Vaz de Lima, ligado a Serra e ao senador Aloysio Nunes Ferreira, para a secretaria-geral. O grupo alckmista, que indicou o deputado estadual Pedro Tobias para presidir a legenda, queria manter César Gontijo no posto. Ontem, no entanto, já reconhecia que estava praticamente fechada a indicação do federal. Lima foi líder de Serra na Assembleia Legislativa. "Estamos caminhando para um acordo que contemplará todas as correntes e lideranças", disse o deputado federal Luiz Fernando Machado. Texto Anterior: Partidos têm receita recorde, mas fecham ano com dívidas Próximo Texto: Senado: Oposição protesta contra medida provisória que reúne 6 assuntos Índice | Comunicar Erros |
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