RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA

Apesar de faltar ainda um mês para que eventos de campanha possam ser realizados sem confrontar a lei, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) realizou ontem em Brasília um encontro para declarar abertamente apoio a Dilma Rousseff (PT).
Ela chegou a ser agraciada com um "repente eleitoral" -"foi da era FHC das piores que já vi/ saiu em 2002/ aos pés do FMI"- e um jingle -"com Dilma o Brasil segue em frente".
Acompanhou Dilma o presidente do PT e ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra. Os dois criticaram o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e afirmaram que os tucanos tentaram privatizar a estatal.
"Considero-me do mesmo lado de todos aqueles que resistiram e lutaram quando tentaram privatizar a Petrobras", discursou Dilma.
"Eles não iam privatizar a Petrobras nos moldes das outras empresas. Eles iam fazer igual mingau, iam comer pelas beiradas", disse Dutra. Segundo ele, plano estratégico da empresa no final do governo FHC previa a venda de duas fábricas de fertilizantes da Estatal, em Sergipe e na Bahia, além da Reduc (Refinaria Duque de Caxias).
O coordenador-geral da FUP, João Antônio Moraes, afirmou que Dilma tem o projeto "mais identificado" com a classe trabalhadora.
O presidente do PT, porém, negou caráter eleitoreiro. "Não é um palanque, é um evento da FUP, que é feito anualmente."
A lei só permite campanha após 6 de julho. Sindicatos são proibidos de fazer doar dinheiro aos candidatos.


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