|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Senadores afrouxam fiscalização de gastos
Ato permite falta de análise de notas fiscais
DE BRASÍLIA
O Senado publicou na noite de anteontem um ato que
isenta a Casa de avaliar a legalidade das notas fiscais
apresentadas pelos congressistas para obter o ressarcimento dos valores gastos
com a verba para despesas
nos Estados.
O mesmo ato incorpora a
cota de passagens aéreas dos
81 senadores à verba indenizatória de R$ 15 mil.
De acordo com o artigo 5º,
"o exame da documentação
apresentada restringe-se exclusivamente aos aspectos
relativos à regularidade fiscal e contábil, não compreendendo qualquer avaliação quanto à observância de
normas eleitorais, tipicidade
ou ilicitude".
A Folha não conseguiu localizar o primeiro-secretário
do Senado, Cícero Lucena
(PSDB-PB), responsável pelo
ato, para comentar a medida.
BILHETES AÉREOS
O novo valor da verba indenizatória vai variar de
R$ 21 mil a R$ 38 mil, de acordo com o Estado de origem
de cada senador.
Os congressistas de Estados mais distantes de Brasília têm direito a um valor
maior para as passagens.
Eles podem ganhar cinco bilhetes, ida e volta, ao mês.
Antes da junção da verba
indenizatória com a de passagens aéreas numa única
cota, cada senador recebia
um valor que variava de
R$ 6 mil a R$ 23 mil para gastos com bilhetes de avião correspondentes a cinco trechos
de ida e volta para o Estado
de origem.
O modelo do chamado
"cotão", unindo as duas verbas, já é adotado pela Câmara dos Deputados.
O valor do benefício para
cada um dos 513 deputados
varia, entre R$ 23 mil e
R$ 34,3 mil, a depender da
distância da base eleitoral.
Texto Anterior: Outro lado: "Doações foram feitas a todos os partidos políticos" Próximo Texto: Recuperação: Após receber alta, Lobão Filho voltará ao Senado na terça Índice | Comunicar Erros
|