São Paulo, terça-feira, 05 de julho de 2011

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ANÁLISE

Acusações atingem líderes das três principais correntes de partido aliado

VERA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO

O temporário voto de confiança dado por Dilma Rousseff ao ministro Alfredo Nascimento (Transportes) se explica, em parte, pela dificuldade de encontrar um nome no PR para ocupar a pasta.
Isso porque as acusações do "mensalão do PR" atingem de uma vez os três principais caciques que controlam feudos dentro do antigo PL, uma das legendas do mensalão: a do próprio ministro, o senador Blairo Maggi (MT) e o deputado Valdemar Costa Neto (SP).
Na nota que emitiu, o ministro se preocupou mais em se esquivar de responsabilidades que em prestar esclarecimentos sobre o que acontecia em sua pasta.
O expediente e o temporário aval que obteve de Dilma não o eximem do fato de que seu chefe de gabinete, Mauro Barbosa, foi um dos afastados do cargo em razão das suspeitas de irregularidade.
Maggi, ex-governador de Mato Grosso, foi o responsável por impor Luiz Pagot, antes seu principal secretário, como chefe do Dnit, a despeito de inédita resistência dos senadores, depois de várias acusações contra ele.
Já Costa Neto -réu no processo do mensalão- era o padrinho, juntamente com o deputado Sandro Mabel (GO), do ex-diretor da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, também afastado.
Com a septicemia que acomete o PR, PMDB, PT e PSB já se movimentavam para herdar o ministério caso Dilma decidisse defenestrar Alfredo Nascimento de pronto.
Como não interessa ao Planalto comprar briga com o PR num momento de turbulência na base aliada, a presidente parece ter decidido esperar os desdobramentos do caso antes de decidir o que fazer com o ministro.


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