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Serra causou polêmica ao normatizar aborto
DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA
Em 1998, quando era ministro da Saúde, José Serra
foi acusado de atender a grupos pró-aborto por normatizar a realização do aborto
nos casos previstos em lei
(risco de vida para a grávida
ou gravidez após estupro).
Mesmo permitido desde
1940, poucos serviços públicos faziam o aborto. A normatização deu respaldo político e técnico para que mais
hospitais o realizassem.
O então deputado federal
Severino Cavalcanti (PP-PE)
apresentou um projeto de decreto legislativo para sustar a
normatização. Para ele, Serra
via "o ato de ceifar uma vida
inocente" como "o esvaziamento da cavidade uterina".
Ele ganhou apoio de entidades contrárias ao aborto,
mas o projeto foi derrubado.
Em 2001, o Ministério da
Saúde começou a distribuir
com Estados e municípios a
pílula do dia seguinte. Serra
ocupava a pasta. Entidades
católicas foram a público dizer que a pílula é abortiva.
Inicialmente, a disponibilização estava concentrada
em serviços de atendimento
a vítimas de violência sexual.
Em 2005, já no governo Lula, o ministério ampliou a
distribuição a postos de saúde, para atender também a
outras mulheres que tiveram
relação sexual desprotegida.
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