São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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Tucano exalta proximidade com o PV e corteja Marina

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, cortejou ontem o PV de Marina Silva, depositária de 19% dos votos válidos no primeiro turno. Mas, ao ser questionado se procuraria a ex-candidata, o tucano defendeu a via partidária.
"A questão é via partido, com todo respeito pelos candidatos", disse Serra.
O tucano disse ter "muita proximidade" com os verdes. Ele buscou mostrar intimidade com o PV, afirmando que o partido o apoiou em São Paulo e o ajudou a elaborar seu programa ambiental no governo paulista.
"Elementos para a aproximação existem e eu espero sinceramente que ela aconteça", disse.
No primeiro dia da disputa direta com Dilma Rousseff (PT), Serra foi a BH para o velório de Aécio Cunha, pai do ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB).
Acompanhado de Serra, Geraldo Alckmin (PSDB), governador eleito de São Paulo, defendeu que o candidato à presidência incorpore o programa de Marina ao seu.

AÉCIO
Além de flertar com o PV, Serra deixou claro que precisará de Aécio, dono de votação consagradora em Minas, na qual também reelegeu o governador Antonio Anastasia (PSDB) e o colega de Senado Itamar Franco (PPS).
Serra disse que Aécio, após o luto pelo pai, será "uma das pessoas-chave" da campanha, junto com Anastasia. Aécio prometeu empenho pelo aliado. "Coloquei-me absolutamente à disposição para a forma que ele achar mais adequada. O Anastasia da mesma forma."
No primeiro turno, Aécio concentrou seus esforços em Anastasia. Serra só apareceu de relance na propaganda de TV do candidato a governador. Na de Aécio, um depoimento de Serra só foi ao ar após pressão da campanha do presidenciável.
Também presente no velório, o governador paulista Alberto Goldman (PSDB) defendeu que os tucanos eleitos de São Paulo, Minas e Paraná sejam a "linha de frente" da campanha de Serra, empenhando seus capitais políticos e grandes eleitorados em favor do aliado.
Goldman disse que não concorda que a propaganda de TV de Serra tenha sido ruim no primeiro turno e chamou de "críticos à toa" os que defendem mudanças.
Serra disse que é especulação a ideia de trocar o vice Indio da Costa (DEM) por um nome de mais peso.
"Eu tenho entendido que não há possibilidade legal", afirmou o tucano, sem dizer se gostaria ou não de trocar.


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