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Tucano exalta proximidade com o PV e corteja Marina
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
O candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, cortejou ontem o PV de Marina
Silva, depositária de 19% dos
votos válidos no primeiro
turno. Mas, ao ser questionado se procuraria a ex-candidata, o tucano defendeu a via
partidária.
"A questão é via partido,
com todo respeito pelos candidatos", disse Serra.
O tucano disse ter "muita
proximidade" com os verdes.
Ele buscou mostrar intimidade com o PV, afirmando que
o partido o apoiou em São
Paulo e o ajudou a elaborar
seu programa ambiental no
governo paulista.
"Elementos para a aproximação existem e eu espero
sinceramente que ela aconteça", disse.
No primeiro dia da disputa
direta com Dilma Rousseff
(PT), Serra foi a BH para o velório de Aécio Cunha, pai do
ex-governador e senador
eleito Aécio Neves (PSDB).
Acompanhado de Serra,
Geraldo Alckmin (PSDB), governador eleito de São Paulo,
defendeu que o candidato à
presidência incorpore o programa de Marina ao seu.
AÉCIO
Além de flertar com o PV,
Serra deixou claro que precisará de Aécio, dono de votação consagradora em Minas,
na qual também reelegeu o
governador Antonio Anastasia (PSDB) e o colega de Senado Itamar Franco (PPS).
Serra disse que Aécio,
após o luto pelo pai, será
"uma das pessoas-chave" da
campanha, junto com Anastasia. Aécio prometeu empenho pelo aliado. "Coloquei-me absolutamente à disposição para a forma que ele
achar mais adequada. O
Anastasia da mesma forma."
No primeiro turno, Aécio
concentrou seus esforços em
Anastasia. Serra só apareceu
de relance na propaganda de
TV do candidato a governador. Na de Aécio, um depoimento de Serra só foi ao ar
após pressão da campanha
do presidenciável.
Também presente no velório, o governador paulista Alberto Goldman (PSDB) defendeu que os tucanos eleitos de São Paulo, Minas e Paraná sejam a "linha de frente" da campanha de Serra,
empenhando seus capitais
políticos e grandes eleitorados em favor do aliado.
Goldman disse que não
concorda que a propaganda
de TV de Serra tenha sido
ruim no primeiro turno e chamou de "críticos à toa" os
que defendem mudanças.
Serra disse que é especulação a ideia de trocar o vice Indio da Costa (DEM) por um
nome de mais peso.
"Eu tenho entendido que
não há possibilidade legal",
afirmou o tucano, sem dizer
se gostaria ou não de trocar.
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