São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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Cabral afirma que essa foi a sua "última eleição"

Reeleito no Rio de Janeiro, governador descarta disputar a Presidência

Jornalista, governador afirmou que, a partir de 2015, pretende deixar a área política e atuar na área de comunicação

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

O governador reeleito do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), descartou ontem lançar-se candidato à Presidência da República em 2014. Ele afirmou que apoia a petista Dilma Rousseff (PT) e não pretende ""tomar o lugar dela daqui a quatro anos".
""Esse negócio de Presidência ou Vice-Presidência é contingência da vida. Se eu quero eleger a Dilma, quero que ela faça um grande mandato e seja reeleita. Não vou apoiar a Dilma pensando em tomar o lugar dela daqui a quatro anos porque eu não sou maluco", disse Cabral, após conceder entrevista nas rádios CBN e Globo.
Ele afirmou que não pretende mais ser candidato e sugeriu que pretende atuar, a partir de 2015, na ""área de comunicação".
""Essa certamente será a minha última eleição. Não pretendo ser candidato a deputado, senador. Quero terminar, aos 51 anos de idade, passar o bastão ao meu sucessor e dizer para os meus filhos que fiz um bom governo. Eu sou jornalista como vocês. Espero que meu currículo sirva para ser contratado, para que eu possa ter espaço na área de comunicação."
Cabral se reuniu à tarde com Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir a estratégia para o segundo turno.
Para o governador reeleito, o Rio ""quer uma mulher na Presidência". "Se somar os votos da Marina e da Dilma no Rio, dá quase 70%."
Ele afirmou que pretende mobilizar as ""lideranças" do Rio para dar apoio à campanha da petista.
""Ter segundo turno para ela é bom. Ela vai renovar os compromissos com o Brasil. Vai contar comigo aqui. Elegemos 70% dos deputados da Assembleia Legislativa, 60% dos deputados federais. Elegemos um senador, o outro faz parte da base de apoio a ela. O terceiro colocado também é. Vamos mobilizar as lideranças. Vamos ter uma frente grande por ela aqui."
Na avaliação do peemedebista, não houve erro na campanha de Dilma. ""O que impediu a Dilma de ganhar no primeiro turno não foi nenhum erro dela, foi mérito da Marina."
Ele reafirmou o compromisso de pacificar todas as áreas sob controle de gangues armadas no Estado. ""Sem paz, todas as demais políticas públicas não são completas."


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