São Paulo, domingo, 06 de fevereiro de 2011

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OUTRO LADO

Funai põe culpa em governos por "sucateamento"

DE SÃO PAULO

Em nota, a Funai (Fundação Nacional do Índio) atribuiu a falta de recursos e a lentidão em propor soluções às principais questões indígenas à negligência de "sucessivos governos" que a "sucatearam".
De acordo com a Funai, o número de funcionários ainda é pequeno em relação à demanda para a regularização de terras indígenas.
"O principal entrave", alega a fundação, é a "judicialização dos processos" -quando fazendeiros entram com recursos para evitar a demarcação.
A Funai também disse desconhecer a "ligação dos índios cinta-larga com tráfico de diamantes".
A fundação afirmou, no entanto, que "alguns indígenas" se envolveram "em determinada época" com extração ilegal de pedras, "estimulados por aliciadores".
Sobre a terra Raposa/Serra do Sol, a Funai disse que o debate foi encerrado com a decisão do STF.
O governador de MS, André Puccinelli (PMDB), disse, por meio de nota, que "nunca foi contra" a demarcação de terras indígenas e que, "se alguma autoridade americana disser isso, é mentira".
De acordo com Guilherme Filho, subsecretário de Comunicação, Puccinelli é a favor da "solução negociada" de conflitos indígenas. Para ele, "não cabe ao governo opinar sobre demarcação" por ser questão jurídica.
Ele exemplifica seu posicionamento sobre o tema dizendo que o governador apoiou as negociações entre índios e produtores rurais da região de Miranda (a 218 km de Campo Grande).
Segundo o governo, um programa estadual de segurança alimentar incentiva a produção agrícola em terras indígenas "com máquinas, tratores, implementos agrícolas, sementes e assistência técnica", o que abrangeria 14 mil famílias em todas as 68 aldeias do Estado.
O desembargador aposentado Elpídio Chaves disse que "não se lembra" das declarações apontadas nos relatórios. (EO)


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