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Procuradoria cobra R$ 16,7 mil de ministro
Pedro Brito é acusado de receber uma ajuda de custo indevida para mudar de cidade
LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA
O Ministério Público Federal ingressou com ação na
Justiça cobrando do ministro
dos Portos, Pedro Brito, e do
secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson
Machado, o ressarcimento de
R$ 34.600 ao erário.
Eles são acusados de receber em 2007, indevidamente,
R$ 16,7 mil e R$ 17,9 mil, respectivamente. O caso foi revelado pela Folha em 2008
na esteira do escândalo dos
cartões corporativos.
Brito e Machado receberam ajuda de custo que o governo paga a ministros e servidores quando há mudança
de cidade em razão do trabalho. À época, contudo, eles
trocaram apenas de função,
sem deixar Brasília.
Brito trocou o Ministério
da Integração Nacional pela
Secretaria dos Portos; já Machado foi do Ministério da
Previdência para a Fazenda.
O decreto que regulamenta o auxílio prevê o pagamento para "despesas de viagem,
mudança e instalação" de
servidores que tenham "mudança de domicílio em caráter permanente", o que não
contempla os dois casos.
Procurados, eles não se
manifestaram até o fechamento desta edição.
À época, Brito disse, em
nota, que tinha direito à verba devido ao "ínterim" de
dois meses entre a exoneração e a posse. Machado disse
ter passado férias em São
Paulo, onde é servidor da Receita, e se "declarou convicto" do seu direito à ajuda.
Na ação, o Ministério Público Federal em Brasília
contesta os pagamentos porque os servidores não comprovaram o retorno às suas
cidades, como alegam.
A investigação da Procuradoria, aberta há dois anos,
também identificou o pagamento da ajuda de custo a ex-servidores e ex-agentes públicos que já estavam fora da
administração.
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