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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Novo dossiê de petistas tem três partes
Ex-presidente do PT e Dilma se referiram a papéis, que atacam vice do BB e filha de ministro, como "carta apócrifa"
O objetivo do dossiê apócrifo produzido pela ala bancária do PT era interferir na sucessão do comando da Previ
LEONARDO SOUZA
DE BRASÍLIA
O dossiê da ala bancária
do PT para interferir na sucessão da Previ (fundo de
pensão do Banco do Brasil) é
composto por três documentos apócrifos, todos enviados
para a Casa Civil, para o Ministério da Fazenda e para a
presidência do banco estatal.
O primeiro dos papéis contém ataques a Paulo Caffarelli, vice-presidente de novos
negócios de varejo do BB. O
segundo traz acusações de
tráfico de influência no banco contra uma filha do ministro Guido Mantega, Marina.
O terceiro, publicado pela
Folha no domingo passado,
é um resumo dos outros dois.
A iniciativa visava forçar
Mantega a desistir de nomear Caffarelli para a Previ.
Os bancários alcançaram
parcialmente o objetivo. Caffarelli foi preterido, mas a ala
egressa do sindicato saiu enfraquecida do episódio e não
conseguiu emplacar seu candidato, Joílson Ferreira.
A Folha ouviu nove pessoas da estrutura do governo.
Todas confirmaram que, para o Planalto, a cúpula do BB
e a Fazenda, partiu dos bancários a produção do dossiê.
Nas conversas, foi apontado como suposto autor o petista Alencar Ferreira, secretário-executivo do Ministério
do Trabalho na gestão do ex-presidente do partido Ricardo Berzoini. Ferreira nega envolvimento com o caso.
Após a reportagem da Folha, Berzoini e a candidata
ao Planalto Dilma Rousseff
disseram que cartas apócrifas não podem ser atribuídas
a partido algum. O primeiro
dos documentos do dossiê,
contudo, refere-se ao PT.
Diz o papel que, se a escolha do presidente da Previ ficasse restrita à cúpula do BB,
o fundo e seus associados
enfrentariam riscos. O documento ressalta que Caffarelli
não é petista (ele não é filiado a partido) e o acusa de ter
feito aplicações desastrosas.
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