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Discursos sobre tema desagradam prós e contras
RICARDO WESTIN
CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO
Em seus discursos sobre
o aborto, Dilma e Serra conseguem desagradar tanto
defensores quanto críticos
da descriminalização.
Hoje, ambos dizem ser
contra a ampliação dos casos em que o aborto é legal
-gravidez decorrente de estupro e risco para a mãe.
"Ela tinha posições razoáveis, a favor da descriminalização. E ele sempre se
mostrou aberto a discutir o
problema. Agora tiram o
corpo fora", diz o médico
Anibal Fagundes, do Centro
de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas.
"A igreja tem poder sobre
os políticos. Mas não tem
sobre as pessoas, já que
continuam abortando."
O médico Thomaz Gollop, professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí,
diz que os candidatos não
chegam ao cerne do problema: as mulheres vítimas
dos abortos clandestinos.
"O aborto clandestino é a
terceira causa de morte materna no Brasil", diz.
"Quando você mostra à população que há mulheres
morrendo, leva a discussão
para outro nível, sem dogma ou preconceito."
Para Lenise Garcia, presidente do Movimento Brasil
sem Aborto, ambos deveriam apresentar projetos,
como "fechar clínica clandestina, controlar a venda
de medicamento abortivo e
oferecer educação sexual".
"Ser simplesmente contra o
aborto não resolve."
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