São Paulo, quinta-feira, 06 de outubro de 2011

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PP considera situação de Negromonte 'insustentável'

Ministro é excluído de decisões e bancada já pensa em nomes

DE BRASÍLIA

Integrantes do PP reunidos ontem em Brasília avaliaram como "insustentável" a situação do ministro das Cidades, Mário Negromonte.
No domingo, reportagem da Folha mostrou que Negromonte passou a ser tratado na Esplanada dos Ministérios como se fosse um fantasma.
Ele deixou de ser chamado para reuniões sobre os preparativos para a Copa 2014, tem recebido menos recursos do que outros grandes ministérios e não influi mais no desenho dos principais programas da sua área, como o Minha Casa, Minha Vida.
"A julgar pela reportagem -e nenhum desmentido-, ficou insustentável e se agravou substancialmente [a situação]. Este ambiente foi gerado pelo próprio ministro, o protagonista de toda essa situação foi ele", afirmou o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB).
Uma parte dos 41 deputados do partido já queria a saída de Negromonte. Reclamam que não são atendidos e não têm suas emendas liberadas na própria pasta. O ministro conta com o apoio de dez integrantes da bancada.
"O ministro é tratado como um fantasma, estamos descolados do ministro. Nós somos trouxas e o governo se diverte", disse o ex-governador Espiridião Amin (SC).
Segundo a Folha apurou, os deputados da bancada já discutem, inclusive, nomes para substituir Negromonte. Parlamentares da bancada falam em Beto Mansur (SP), o ex-governador Esperidião Amin (SC) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI).
"O sentimento é de que não há mais clima para Negromonte ficar. A situação não é boa para o ministério nem para o partido", disse o deputado Jerônimo Goergen (RS).
Insatisfeitos com o tratamento dado por Negromonte, os deputados Arthur Lira (AL) e Toninho Pinheiro (MG) ameaçaram retirar emendas das Cidades e destiná-las a outras pastas. O líder do PP relatou à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a insatisfação da bancada com as emendas não empenhadas. (ANDRÉIA SADI)


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