São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

"Guerreiros cambiais"

Começou há dias, com a "Forbes", entre outros, falando sobre "o retorno ao verão de 2008" do real, "forte" como antes da crise. Avançou com o endosso parcial do FMI ao controle de capital.
E ontem foi dia de especular sobre as medidas para conter a moeda. O site The Street abriu o jogo com cinco palpites para o "possível anúncio" -de mais IOF à compra de dólares pelo fundo soberano. O "Financial Times" entrou arriscando que o "Brasil não vai agir sobre a moeda". A Reuters seguiu com despacho de uma frase, contrapondo que o ministro da Fazenda falaria, sim, "sobre medidas cambiais". O "FT" se corrigiu com humor, "Guerreiros cambiais voltam do almoço", sobre o frenesi no mercado. Por fim, "Wall Street Journal" e Bloomberg noticiaram a queda do real e o MarketWatch destacou a queda da Bolsa, como fatos que se anteciparam ao anúncio.
Quase 19h, Guido Mantega surgiu por todo lado com a ampliação no prazo do IOF.

Próxima batalha Ao fundo, o "FT" publica hoje longa reportagem avisando que, enquanto os emergentes se debatem na enchente de dólares, a pergunta entre os investidores já é o que vai acontecer com Brasil e até China nos próximos meses -com a esperada "normalização" da política monetária nos Estados Unidos.

EUA inflacionam E o "Barron's", semanário do "WSJ", postou análise dizendo que a política monetária frouxa pode ter sido "um sucesso" para os EUA, mas "inundou o mundo de dólares" e atingiu em especial os emergentes. "Alimentou a inflação no Brasil", por exemplo, e "não é à toa que estão contra-atacando".

ft.com
"O GRANDE REEQUILÍBRIO" Martin Wolf escreveu no "FT" que "as pressões estão crescendo por um reequilíbrio da economia global", prevendo o fim da assimetria cambial. "Cuidado: será acidentado"

//ONDA NACIONALISTA

Ouvindo executivos de mineração, o "WSJ" publica a reportagem "Cresce onda nacionalista por recursos". Destaca que a troca de comando na Vale "segue uma série de ações de governos para intervir em seus recursos naturais altamente lucrativos" -em países como Canadá, Austrália, África do Sul e vários latino-americanos, da Colômbia à Bolívia. Sublinha o pré-sal e diz que a América Latina "tem sido líder na extensão do controle governamental sobre os recursos".
Por outro lado, o diretor global de vendas da Vale, Michael Zhu, diz à Reuters em Cingapura que o volume das vendas à China será "estável" em 2011.

news.xinhuanet.com
LONGO Em despacho da agência chinesa Xinhua, "Ônibus articulado mais longo do mundo estreia no Brasil". Fabricado no Paraná, usa "biodiesel de soja"

Conversa lá No texto do dia sobre Dilma Rousseff, às vésperas da viagem à China, o "Diário do Povo", do PC chinês, ecoou a coluna "Conversa com a Presidenta", em que ela prometeu luta contra a corrupção e expansão de programas sociais.

Armas Sul-Sul O sul-africano "Independent" deu editorial defendendo cooperação com o Brasil na "indústria de defesa", para o país não ser "afogado por equipamento chinês e russo", agora que é parte dos Brics. Lista Embraer, Avibras etc.

//EUA LEVAM COLÔMBIA

"WSJ" e depois "New York Times" destacaram que "EUA e Colômbia estão perto de acordo comercial". A Câmara de Comércio americana já saudou o "pragmatismo", que "prova que os EUA ainda podem liderar em comércio". Mas a central AFL-CIO ainda não aceitou a promessa colombiana de conter os "assassinatos de sindicalistas".
Ontem também, no "FT", Colômbia, Chile e Peru anunciaram a fusão de suas Bolsas para maio. Mila, como será chamada, "segue atrás da Bovespa, o Beemonte na região".

foxnews.com
DE SAÍDA Via "NYT" e outros, a Fox News anunciou que o âncora Glenn Beck, populista que às vezes toma o Brasil por alvo, deixa o canal de notícias no fim do ano


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