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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
PT e PMDB decidem hoje saída para impasse em MG
Reunião entre partidos no Estado ontem terminou novamente sem acordo
Direção estadual petista
insiste em Pimentel na
cabeça de chapa, mas os
peemedebistas dizem que Costa é o candidato
Alisson Gontijo/"O Tempo"
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Encontro na casa de Clésio Andrade em que aliados aprovaram apoio a candidato do PT ao governo de Minas Gerais
DE SÃO PAULO
Após quatro horas de reunião ontem, em um hotel em
Belo Horizonte, esgotou-se a
chance de o PT e do PMDB
em Minas chegarem a um
acordo sobre liderança de
uma chapa única para disputar o governo do Estado.
O PT mineiro resolveu resistir à pressão do diretório
nacional do partido pelo
apoio à candidatura de Hélio
Costa (PMDB) e, em reunião
com outros partidos aliados
no Estado, resolveu insistir
numa chapa com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel na cabeça.
Em encontro na manhã de
ontem na casa do presidente
estadual do PR, Clésio Andrade, o PT e outros partidos
da base de Lula resolveram
apresentar aos peemedebistas a chapa com Pimentel para o governo e o próprio Andrade para vice. Hélio Costa
ficaria como o candidato único ao Senado na coalizão.
O PMDB mineiro diz que
não abre mão da candidatura
do ex-ministro Hélio Costa,
que lidera as pesquisas de intenção de voto. "Hélio Costa
é candidato ao governo. Não
tem como recuar", disse o deputado federal Antônio Andrade, presidente do PMDB-MG, após a reunião.
O princípio de rebelião do
PT mineiro tem pouca chance de prosperar. Além de esbarrar na resistência do
PMDB local, ela deve ser
abortada pelos comandos
nacionais dos dois partidos,
que discutem hoje a situação
do Estado, em Brasília.
ATENÇÕES
Minas, que detém o segundo maior eleitorado do país,
volta a ser o centro das atenções da política nacional seja
por esse impasse, que ameaça implodir o palanque único
de Dilma Rousseff no Estado,
seja pela tentativa de José
Serra de galvanizar o apoio
de Aécio Neves.
Hoje, o presidenciável tucano volta a fazer campanha
em Minas ao lado de Aécio
(leia mais na página A6).
Antes da reunião com o
PMDB, ontem à tarde, Lopes
publicou em sua página no
Twitter que a chapa liderada
por Pimentel era "fruto de
um amplo debate coletivo
dos partidos da base do governo Lula".
A militância petista no Estado lançou no Twitter o movimento "Empurrado eu não
vou", que defende o nome do
petista ao governo.
DESGASTE
Apesar de toda essa resistência, dirigentes do PT mineiro ouvidos pela Folha admitiram que terão de ceder.
As cúpulas nacionais do
PT e do PMDB devem referendar hoje a aliança em torno
de Costa, e Pimentel deve
continuar na coordenação da
campanha de Dilma.
Além do fato de Lula achar
que os petistas têm de ceder
para apoiar aliados no Estado, pesa contra a candidatura de Pimentel o fato de o ex-prefeito ter se queimado pelo
fato de seu nome ter sido ligado à polêmica da montagem de uma equipe, vinculada à campanha de Dilma
Rousseff, para elaborar dossiês contra José Serra.
O ex-prefeito de BH nega
qualquer participação na
montagem desse grupo e negou que tivesse marcado um
encontro para tratar do assunto, como disse o delegado
aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa, em entrevista à revista "Veja".
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