São Paulo, terça-feira, 07 de junho de 2011

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Câmara deve anular hoje convocação de ministro

DE BRASÍLIA

Em meio à crescente pressão para a saída do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), pretende anunciar na tarde de hoje a anulação do requerimento que convocou o ministro.
O parecer jurídico já está praticamente pronto. A intenção da base aliada é realizar uma nova votação nesta quarta-feira.
O deputado Eduardo Cunha (RJ), um dos principais articuladores peemedebistas, também já foi escalado para derrubar a ata referente à sessão anterior.
A convocação do ministro foi aprovado na semana passada na Comissão de Agricultura, após uma articulação política dos oposicionistas. Líderes do governo dizem que o resultado foi arbitrário e por isso apresentaram o pedido para que Marco Maia anulasse a decisão.
"Foi um absurdo que será desmanchado. [Convocar o ministro] não é a vontade da maioria", afirmou o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).
Marco Maia passou o final de semana analisando fitas da sessão. Ele enviou um questionamento ao presidente da comissão, Lira Maia (DEM-PA), sobre o "porquê de ele ter proclamado o resultado mesmo contra a vontade da maioria".
Lira Maia ainda não respondeu, promete o fazer até as 12h de hoje, mas disse à Folha que "sustenta a sua posição", de ter proclamado o resultado de acordo com a manifestação dos presentes.
O presidente da Câmara conversou por telefone ontem com o líder ACM Neto (BA) e marcou um encontro hoje para tentar achar uma solução "pacífica".
Ele teme que a crise contamine ainda mais os trabalhos no Congresso. Ontem, por exemplo, já não houve sessão de discursos no plenário. De qualquer forma, DEM e PPS já anunciaram que irão ao STF (Supremo Tribunal Federal) assim que Maia anular oficialmente a convocação. Duas ações já estão prontas.
(MARIA CLARA CABRAL)


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