São Paulo, quarta-feira, 07 de julho de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Petrobras, uma pechincha

O "Barron's", semanário do "Wall Street Journal", avisou aos investidores que as "ações da gigante brasileira estão tentadoramente baratas", uma "pechincha". O temor de "controle maior" do governo, com a capitalização prevista para setembro, teria derrubado um terço do valor das ações, em Nova York. Para o "Barron's", "os investidores devem correr de volta". Lembrando que a estatal "fez um dos maiores achados do mundo nas últimas décadas, que pode dobrar reservas e bombear lucros", diz que analistas preveem salto de "50% ou mais nas ações".




É CARNAVAL
O "New York Times" postou ontem a previsão de "rendimento pequeno para os banqueiros" na capitalização da Petrobras, ecoando o site Breakingviews. Afirma que o "Brasil promete um ano inteiro de Carnaval aos bancos de investimento", mas a venda de US$ 82 bilhões em ações pode não render o costumeiro aos intermediários, "no padrão de Wall Street".
Relaciona, entre os motivos, o fato de ser estatal e precisar seguir os limites "frugais" do ano eleitoral; a baixa remuneração ou "fee" paga na semana passada, na venda de ações do Banco do Brasil; e a competição de grandes bancos nacionais e estrangeiros.

Fé na China
"WSJ" e "Financial Times" deram manchete on-line, à tarde, para a avaliação de que o lançamento de ações do banco estatal chinês AgBank caminhava para se confirmar como "o maior IPO do mundo". Para o "WSJ", "ilustra a fé do investidor na China". Para o "FT", "sublinha a fé do investidor nas perspectivas para a economia chinesa".

Esperança aqui
Na manchete da manhã, o "FT" já dizia que as "palavras suaves" do banco central australiano sobre a China, de "confiança no crescimento", haviam restaurado nos investidores a "tentação" de voltar aos mercados. Entre outros setores, as commodities, importantes para o Brasil, "tiveram empurrão, com a esperança de demanda".

Embraer/skycontrol.net
TODOS À CHINA Repercutiu da Folha.com ao "WSJ" a criação da subsidiária da Embraer (na foto, o modelo 190 na feira de Zhuhai). Na "Aviaton Week", citando a presença da Embraer, o presidente da europeia Airbus disse ser "impossível parar" a ascensão chinesa.

"JU AN SI WEI"
Destacando antes o "desânimo" nos EUA, o jornalista Chen Weihua alertou no "China Daily" contra o "excesso de otimismo" em seu país, provocado pelas "manchetes que dizem que a China liderará o mundo". Traduz o ditado chinês acima, do título, que significaria: "Na prosperidade, pense na adversidade".
Ele avalia que "a posição dos EUA no mundo vai declinar devido à ascensão de China, Índia, Brasil, mas é provável que continue como superpotência por muitos anos e décadas". E cobra retomar na China o "sentido de crise", dedicando maior atenção à "desigualdade crescente" e às "recentes greves trabalhistas".

Concorrência
Na home do Council on Foreign Relations e antes no "WSJ", longo ensaio alerta que, "em novo estudo, líderes empresariais dizem que o ambiente para negócios nos EUA está perdendo sua vantagem sobre países como China, Índia e Brasil". Os 26 executivos identificaram "uma era de competição global como os EUA jamais enfrentaram". E afirmam que Brics e outros países "abriram seus mercados e estão redefinindo como as multinacionais americanas podem operar".

Moratória?
Na submanchete de papel do "FT", "Risco crescente de moratória regional nos EUA". Vislumbra "sinais de que regiões enfrentam a mesma dificuldade em conter deficit observada em países da zona do euro". E cita Califórnia, Illinois, Michigan e Nova York.
Na BBC Brasil, o correspondente Lucas Mendes escreve que "o império americano vai de mal a pior e o Empire State, Nova York, vai de pior a muito pior". Ao todo, 45 Estados americanos "estão no vermelho".

LULA VS. SERRA VS. DILMA
Lula abriu a campanha, em sua coluna publicada por jornais populares, destacando o Bolsa Família -antes que José Serra o fizesse em sua "carta".
O tucano, na manchete da Folha.com à tarde, evitando Lula, "critica ausência de Dilma em debates". Mas esta, manchete na Reuters Brasil, ecoou que "área social não passa de artefato eleitoral para Serra".
No "Jornal Nacional", nada de crítica de lado a lado. E tempo igual para os dois e para Marina Silva, só.

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br



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