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Mantega afirma que dossiê de petistas é apenas "carta apócrifa"
Ministro diz considerar "estranho" tratamento dado a documento
DO RIO
O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, disse ontem
no Rio que acha "estranho"
que o que ele considera uma
"carta apócrifa" tenha sido
"transformada em dossiê".
A declaração se refere a
uma reportagem publicada
pela Folha, que mostra que
Mantega foi alvo de um dossiê que o próprio governo
identifica como elaborado
pela ala do PT egressa do sindicalismo bancário.
O material traz acusações
de tráfico de influência no
Banco do Brasil contra uma
filha de Mantega, Marina. No
final de abril, o documento
foi enviado para a presidência do BB, para o gabinete de
Mantega e para a Casa Civil.
"Dar crédito a uma carta
apócrifa? O que acho estranho é um jornal respeitável
transformar uma carta apócrifa em dossiê. É como um
passe de mágica", disse Mantega ao criticar a Folha.
"Parece o rei Midas, que
transformava coisas em ouro, só que ao contrário.
Transforma ouro em não sei
o quê. Não sei a que ponto
chegamos. Acho que faz parte da campanha eleitoral. Nenhum jornal que se preze deveria dar crédito a cartas apócrifas, que, aliás, não trazem
nada de substancial."
OBJETIVO
A intenção do dossiê era
forçar o ministro a desistir de
nomear o vice-presidente do
BB Paulo Caffarelli para a
presidência da Previ (fundo
de pensão dos funcionários
do banco), que tem R$ 150 bilhões de patrimônio.
Caffarelli acabou preterido
por ordem do Planalto, mas
os bancários também saíram
enfraquecidos. O nome por
eles defendido para assumir
a Previ, Joílson Ferreira, também não foi escolhido.
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