São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2010

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Mantega afirma que dossiê de petistas é apenas "carta apócrifa"

Ministro diz considerar "estranho" tratamento dado a documento

DO RIO

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem no Rio que acha "estranho" que o que ele considera uma "carta apócrifa" tenha sido "transformada em dossiê".
A declaração se refere a uma reportagem publicada pela Folha, que mostra que Mantega foi alvo de um dossiê que o próprio governo identifica como elaborado pela ala do PT egressa do sindicalismo bancário.
O material traz acusações de tráfico de influência no Banco do Brasil contra uma filha de Mantega, Marina. No final de abril, o documento foi enviado para a presidência do BB, para o gabinete de Mantega e para a Casa Civil.
"Dar crédito a uma carta apócrifa? O que acho estranho é um jornal respeitável transformar uma carta apócrifa em dossiê. É como um passe de mágica", disse Mantega ao criticar a Folha.
"Parece o rei Midas, que transformava coisas em ouro, só que ao contrário. Transforma ouro em não sei o quê. Não sei a que ponto chegamos. Acho que faz parte da campanha eleitoral. Nenhum jornal que se preze deveria dar crédito a cartas apócrifas, que, aliás, não trazem nada de substancial."

OBJETIVO
A intenção do dossiê era forçar o ministro a desistir de nomear o vice-presidente do BB Paulo Caffarelli para a presidência da Previ (fundo de pensão dos funcionários do banco), que tem R$ 150 bilhões de patrimônio.
Caffarelli acabou preterido por ordem do Planalto, mas os bancários também saíram enfraquecidos. O nome por eles defendido para assumir a Previ, Joílson Ferreira, também não foi escolhido.


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