|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Executivos suspeitos de desvio no Banrisul são soltos pela Justiça
Banco estuda pedir indenização à PF por prejuízos causados pela Operação Mercari
DE PORTO ALEGRE
DE SÃO PAULO
A 6ª Vara Criminal de Porto Alegre concedeu ontem liberdade provisória para os
três executivos presos na semana passada suspeitos de
operar um esquema de desvio de verbas do Banrisul,
banco controlado pelo governo do Rio Grande do Sul.
Walney Fehlberg, ex-superintendente de marketing
do banco, e os executivos de
agências de publicidade Gilson Stork (SLM) e Armando
D'Elia Neto (DCS) depuseram
ontem, mas não esclareceram a origem dos R$ 3,4 milhões apreendidos com eles.
Eles só vão falar em juízo.
Segundo a PF e o Ministério Público, os três operavam
um suposto esquema de desvio de dinheiro através do superfaturamento de pagamentos feitos pelo banco às
agências. Em nota, as agências negaram irregularidades. A Folha não localizou o
advogado de Fehlberg.
O único suspeito que continua preso é Davi Antunes
de Oliveira, que controla empresas suspeitas de receber
pagamentos das agências.
O Banrisul estuda entrar
com uma ação de indenização contra a União ou contra
a Polícia Federal por possíveis prejuízos causados pela
Operação Mercari.
Segundo o advogado Fábio Medina Osório, a PF deu a
entender que se tratava de
suspeita de corrupção sistêmica no banco, comparou
com a operação que investigou desvios de dinheiro no
Detran-RS e "fez ilações de
que os recursos poderiam ser
usados na campanha eleitoral". "Houve divulgação distorcida", disse ele.
(GRACILIANO ROCHA e SÍLVIA FREIRE)
Texto Anterior: Agente do RS acessou dados de Yeda e seus assessores diretos Próximo Texto: Toda Mídia - Nelson de Sá: Sigilos, sigilos, sigilos Índice
|