São Paulo, terça-feira, 07 de setembro de 2010

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Executivos suspeitos de desvio no Banrisul são soltos pela Justiça

Banco estuda pedir indenização à PF por prejuízos causados pela Operação Mercari

DE PORTO ALEGRE
DE SÃO PAULO

A 6ª Vara Criminal de Porto Alegre concedeu ontem liberdade provisória para os três executivos presos na semana passada suspeitos de operar um esquema de desvio de verbas do Banrisul, banco controlado pelo governo do Rio Grande do Sul.
Walney Fehlberg, ex-superintendente de marketing do banco, e os executivos de agências de publicidade Gilson Stork (SLM) e Armando D'Elia Neto (DCS) depuseram ontem, mas não esclareceram a origem dos R$ 3,4 milhões apreendidos com eles. Eles só vão falar em juízo.
Segundo a PF e o Ministério Público, os três operavam um suposto esquema de desvio de dinheiro através do superfaturamento de pagamentos feitos pelo banco às agências. Em nota, as agências negaram irregularidades. A Folha não localizou o advogado de Fehlberg.
O único suspeito que continua preso é Davi Antunes de Oliveira, que controla empresas suspeitas de receber pagamentos das agências.
O Banrisul estuda entrar com uma ação de indenização contra a União ou contra a Polícia Federal por possíveis prejuízos causados pela Operação Mercari.
Segundo o advogado Fábio Medina Osório, a PF deu a entender que se tratava de suspeita de corrupção sistêmica no banco, comparou com a operação que investigou desvios de dinheiro no Detran-RS e "fez ilações de que os recursos poderiam ser usados na campanha eleitoral". "Houve divulgação distorcida", disse ele. (GRACILIANO ROCHA e SÍLVIA FREIRE)


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