|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Dilma debate homofobia com evangélico
Candidata evitou falar sobre temas religiosos na Baixada Fluminense, mas se reuniu com líder de igreja no Rio
Militantes disseram que Dilma estava cansada
e sentiu-se mal, mas campanha alega falta de tempo da candidata
ITALO NOGUEIRA
PEDRO SOARES
DO RIO
Em seu primeiro evento de
campanha após o primeiro
turno, a candidata Dilma
Rousseff (PT) evitou falar em
público sobre temas religiosos, mas encontrou-se reservadamente por quase uma
hora com líder evangélico.
Afirmou ser contra a legalização do aborto e disse ter
restrições à lei de criminalização da homofobia, segundo relato de participantes.
Dilma reuniu-se com o ex-pagodeiro Waguinho (PT do
B), candidato ao Senado no
Rio com 1,3 milhão de votos e
missionário da evangélica
Assembleia de Deus dos Últimos Dias, após cancelar parte da carreata de ontem na
Baixada Fluminense.
Antes de encontro, ela desfilara em um jipe por Duque
de Caxias (Baixada Fluminense). A previsão era que a
carreata passasse ainda por
São João de Meriti.
A Folha ouviu de organizadores do evento que a
agenda seria suspensa porque a candidata "se sentiu
mal". Líderes da militância
foram informados por rádio
que Dilma não iria mais a São
João de Meriti por estar "cansada". A assessoria de imprensa alegou falta de tempo
de Dilma, que foi a Brasília.
HOMOFOBIA
Na conversa, segundo Waguinho, Dilma reafirmou ser
contrária à legalização do
aborto e mostrou resistência
a parte do PL 122/2006, bandeira do movimento gay para
a criminalização da homofobia. O encontro foi em sala reservada da TAM no aeroporto
Santos Dumont, no Rio.
"Ela concordou que nada
venha a interferir na pregação religiosa. Há algumas
questões na PL 122 que fazem
exatamente isso. Quer praticamente calar a boca do pastor evangélico que prega que
a pessoa homossexual precisa ser tratada, cuidada e
amada acima de tudo. Não
podemos nos privar de falar
isso para as pessoas."
Na entrevista que concedeu ainda na Baixada, porém, Dilma evitou o tema religioso. Disse que o aumento
de impostos não é suficiente
para resolver o problema do
câmbio e falou também sobre saneamento e segurança.
Texto Anterior: Janio de Freitas: De quem serão os votos Próximo Texto: Saiba mais: Candidata liderou na Baixada, com 45,7% dos votos Índice | Comunicar Erros
|