São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2010 |
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Partido é oportunista sobre aborto, diz bispo
ESTELITA HASS CARAZZAI
Folha - O PT anunciou que estuda retirar do programa partidário a defesa da descriminalização do aborto. Isso pode alterar seu posicionamento em relação a Dilma? D. Luiz Gonzaga Bergonzini - Da minha parte, não muda absolutamente nada. Ela tem declarações claríssimas a respeito do aborto. Ou ela não falava com sinceridade naquela época, ou não está falando agora. Outra coisa: o partido, não é de hoje que eles têm essa questão fechada. Em dois congressos que o PT fez, eles aprovaram o aborto como plano de governo. Como é que se explica agora que ela venha falar isso? O fato de mudar agora é de interesse meramente político. Ela está levando a questão conforme as circunstâncias. Ela vai para o lado que o vento sopra. A minha posição é a mesma. O senhor não acha que a iniciativa do PT em mudar o programa do partido indica um amadurecimento? Não é amadurecimento, é oportunismo. Mero oportunismo. Por que eles não fizeram isso antes? Na sua opinião, a questão do aborto e dos valores cristãos influenciou a votação de Dilma no primeiro turno? Influenciou, sim. Porque eu bati firme nesse sentido, antes do primeiro turno, bem antes. O artigo que eu escrevi atingiu até a imprensa internacional. A partir daí, começou. A Dilma falando que não tinha nada a ver, que era posição do bispo... Não é minha posição, é a posição do Evangelho. Não tenho dúvida nenhuma de que os votos dos cristãos foram decisivos. Se isso vai se repetir, não sei, mas influência vai ter. Texto Anterior: PT não levará polêmica ao horário eleitoral Próximo Texto: PMDB quer mais peso na campanha de Dilma Índice | Comunicar Erros |
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