São Paulo, sexta-feira, 07 de outubro de 2011

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Deputados favoráveis à divisão do Pará são vaiados em universidade

Eleitores decidem em dezembro se Carajás e Tapajós serão criados

AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

Defensores da divisão do Pará foram vaiados e hostilizados por estudantes em debate ontem na Universidade Federal do Pará, em Belém.
Em dezembro, 4,6 milhões de eleitores votarão em um plebiscito para decidir se o Pará vai se desmembrar e dar origem a dois outros Estados: Tapajós e Carajás.
O Pará remanescente da divisão ficaria com 17% de sua atual extensão territorial.
No debate, os deputados federais Giovanni Queiroz (PDT) e Lira Maia (DEM) tentaram apresentar seus argumentos a favor da mudança, mas foram criticados.
"Vocês já vieram com uma ideia preconcebida. Vamos aumentar a gestão nos locais onde o Estado não chega", defendeu Queiroz.
O argumento que arrancou aplausos da plateia é o da necessidade de investimentos no atual território. "Precisamos de mais escolas, mais saúde, mais infraestrutura", disse o economista Eduardo Costa.
O acirramento no debate refletiu a situação da campanha eleitoral do plebiscito. A capital Belém e os municípios próximos são contrários à ideia da divisão.
Uma boa votação nesses locais é considerada essencial, pois eles concentram mais da metade do eleitorado.
Os partidários da divisão, porém, pretendem aguardar o início do horário eleitoral em rádio e televisão para só depois intensificar o corpo a corpo na capital.
Em Belém, vê-se só cartazes contra a divisão. "Nosso principal foco vai ser aqui mesmo, mas já estamos começando no interior", disse o deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB), defensor do atual território.



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