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Acordo pacifica PT e PMDB, diz Temer
Partidos, cuja relação "estava um pouco tumultuada", segundo o vice eleito, revezarão presidência da Câmara
Negociação é feita para definir qual dos dois assume primeiro biênio (2011-2012) no governo de Dilma Rousseff (PT)
HUDSON CORRÊA
DO RIO
O vice-presidente eleito,
Michel Temer (PMDB-SP),
afirmou que o acordo entre
seu partido e o PT para eleição do novo presidente da
Câmara "vai pacificar a relação" entre as duas legendas,
"que estava ficando um pouco tumultuada".
Na noite de sexta-feira no
Rio, Temer foi um dos convidados da festa de casamento
da filha do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pré-candidato a presidente da Câmara.
Pelo acordo, citado por Temer, o PMDB e o PT vão se revezar na presidência da Casa
dos deputados durante o
mandato da presidente eleita
Dilma Rousseff (PT).
A negociação é para definir qual dos partidos assume
o primeiro biênio (2011-2012).
"Eu gostaria de ser [presidente] no primeiro biênio para desafios que serão palpitantes para a Câmara, como
reformas política e tributária.
Eu estou lá há quarenta
anos", afirmou Alves.
Durante a festa, Alves e Temer se sentaram juntos e
conversaram ao pé do ouvido. Também à mesa estava o
ministro Alexandre Padilha
(Relações Institucionais).
"Se houver um impasse, eu
delego ao Michel o poder de
decidir. Não haverá confronto [com o PT]", disse Alves.
O "primeiro passo para a
harmonia", afirmou Temer,
foi o entendimento de que
"os dois maiores partidos naturalmente devem ocupar" a
presidência. "O segundo é a
definição dos biênios".
Ele disse que, além do deputado Cândido Vacarezza
(PT-SP), a legenda petista pode ter como candidatos Marco Maia (RS), Arlindo Chinaglia (SP) ou João Paulo (SP).
O senador Garibaldi Alves
(PMDB-RN) afirmou que a
vantagem de quem ficar com
o segundo biênio é a possibilidade de se reeleger presidente da Câmara em 2015.
Sobre o Senado, Temer
disse que a presidência deve
ficar com o PMDB, o maior
partido da Casa.
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