São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Brasil & Palestina

A agência PNN (Palestine News Network) anunciou a Argentina como "nação mais recente a reconhecer a Palestina independente", ecoando em sites dos EUA. Em seguida, acrescentou a France Presse, "Argentina e Uruguai disseram que estão se juntando ao Brasil no reconhecimento do Estado palestino".
Por aqui, fim da tarde, foi manchete da BBC Brasil, "Após Brasil, Argentina", mais o relato de Guila Flint, correspondente em Tel Aviv, sobre a reação no final de semana ao anúncio brasileiro -de pouca atenção em Israel, mas manchete em "todos os canais de TV e sites de notícias nos territórios palestinos".
Um diplomata palestino já previu então que, "como o Brasil é o líder da América Latina, agora é provável que os países da região reconheçam".

Hiato Com o reconhecimento em série na América Latina, a notícia foi parar nas páginas iniciais dos jornais israelenses. No "Haaretz", "Argentina se une a Brasil no reconhecimento de um Estado palestino", anotando que os anúncios vêm no "hiato" das negociações, após o fim do congelamento dos assentamentos. No "Yediot Ahronot", "Israel ataca Argentina por reconhecer".

Sem EUA O site americano Politico, citando "fontes diplomáticas" americanas voltadas à América Latina, postou que a decisão do Brasil "pegou EUA de surpresa". E que o Departamento de Estado tinha "ouvido que os brasileiros estavam examinando e falando com algumas pessoas na região", mas nada definitivo. E que Israel foi informado pelo Brasil na noite de quinta.

VOZ DA AMÉRICA

A estatal Voice of America destacou, da entrevista de Dilma Rousseff para o "Washington Post", que ela "quer relação mais próxima com os EUA". Nas agências ocidentais, os enunciados foram pela mesma linha

BRASIL MAQUIAVÉLICO
A esquerda americana simpática a Hugo Chávez dá sinais de reação ao Brasil. Um dos muitos blogueiros no HuffPost, Nikolas Koz loff, postou "Recado ao bloco sul-americano de esquerda: não confie no Brasil". Ataca sobretudo Nelson Jobim, a partir dos vazamentos do WikiLeaks, mas também os "maquiavélicos" Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia. E Dilma.

SEM BRASIL E TURQUIA
Nas páginas iniciais de "New York Times", "Washington Post" e "Wall Street Journal", começaram as negociações dos EUA com o Irã. Para o "NYT", "no mínimo, EUA e outras potências têm esperança de obter compromisso de nova reunião, com agenda mais concreta, talvez na Turquia". Segundo o iraniano Press TV, Brasil e Turquia ficam de fora, por enquanto.

E TOME BRIC
bloomberg.com
O'Neill, ao apontar os Brics como "o investimento chave de nossa geração"
Em relatório do Goldman Sachs destacado pelo "Financial Times" e em entrevista à TV Bloomberg, Jim O'Neill voltou ao noticiário, agora responsável por investimentos no banco, mas ainda priorizando os Brics. Diz que os consumidores de Brasil, Rússia, Índia e China "oferecerão oportunidades enormes de investimento". E que, em 2020, vão responder por metade da compra mundial de carros.
Na Bloomberg, lembrou que um segundo grupo, abaixo dos Brics, "the Next Eleven" ou os próximos 11, deve ter desempenho semelhante. Entre eles, Coreia do Sul, México e o Irã.

COMPROMETIDOS
euromoney.com
A edição de dezembro da "Euromoney", com a manchete "Atravessando o teto dos Brics", detalha como são recrutados e começam a subir na hierarquia dos bancos ocidentais os executivos oriundos de Brasil, Rússia, Índia e China. Também trata das perspectivas para Dilma e o pré-sal

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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